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O vendaval resultante de um ciclone extratropical em alto mar trouxe grandes prejuízos para a rede elétrica da Casan, em todo o sul de Santa Catarina. A situação aos poucos vai sendo trabalhada e normalizada pela Companhia, mas até o início da tarde desta quarta-feira, 1º, milhares de residências continuam sem energia na região.
"Na região sul, agora, que se estende desde Lauro Müller até Urussanga e Praia Grande, a Celesc aponta que 17 mil unidades consumidoras ainda estão sem energia. Nesse montante não estão os consumidores de cooperativas que tem na região, se for somar mais estes, creio que psosa ser muito além desse número", declarou o chefe da divisão técnica da Celesc de Criciúma, Zulnei Casagrande, em entrevista ao 60 Minutos de hoje, por volta das 12h.
Zulnei ressalta ainda que pouco antes do meio dia a situação era ainda pior: 20 mil unidades sem energia. Lauro Müller ainda é o município mais afetado pelo vendaval, em relação ao abastecimento de energia. Ainda no período da manhã, 100% das unidades consumidoras estava sem abastecimento.
Segundo informações disponibilizadas pelo site da Celesc, ainda no início da tarde de hoje 5.655 das 5.838 unidades de Lauro Müller continuam sem energia. Em Criciúma, até o fim da manhã cerca de 4 mil unidades ainda estavam sem abastecimento - número que caiu para 2.795, por volta das 13h.
Zulnei ressalta que não há como apontar para um circuito específico prejudicado por conta do vendaval, já que praticamente todos sofreram algum dano. "São mais de 50 que se espalham pela região sul e que foram afetados. Uns em maior proporção, outros em menor", pontuou, ressaltando que em Lauro Müller profissionais da Companhia estão desde a madrugada tentando fazer a recomposição.
Além dos municípios já citados, Nova Veneza, Passo de Torres, Santa Rosa do Sul, Marcajá, Sangão, Balneário Gaivota e Jaguaruna continuam com centenas de residências desabastecidas. Em Araranguá e Sombrio, o número de casas sem energia passa de mil.
Em casos de fios rompidos
Com galhos de árvores e outros objetos voando por conta do vendaval, muitos fios acabram se rompendo e ficando expostos pelo meio das ruas. Zulnei afirma que em situações como essas, é importante que os moradores não se aproximem do local. "Não tentem remover vegetação e nada que está próxima da rede, ou tocar nela. São serviços muito perigosos, importante que sejam feitos pelos profissionais habilitados da Celesc", disse.
