As reclamações devido à falta de água têm sido recorrentes em alguns bairros de Criciúma. É o caso do Jardim Angélica. Moradores alegam desrespeito por parte da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). A empresa, por outro lado, afirma que busca construir um reservatório na localidade, no entanto, as licitações têm fracassado.
“Essa falta de água é comum, diária, aqui no Jardim Angélica. Um desrespeito, porque assim, passam dois dias, às vezes, sem água. Eles simplesmente desligam o fornecimento e lá de madrugada volta. Quando volta. O bairro está saturado de tudo isso”, reclama a moradora da localidade, Rosane Xavier.
A insatisfação da moradora não é um caso isolado. “É uma coisa incrível. Diariamente, essa falta de água. Mas o pagamento [da tarifa] está sempre em dia. A Casan está faltando com respeito conosco. Aqui é um bairro residencial, que tem muitos idosos, um asilo, como que vamos suportar às vezes ficar 24 horas sem água?”, acrescenta.
Casan reconhece o problema
De acordo com o superintendente regional de negócios Sul-Serra da Casan, Gilberto Benedet, este desabastecimento, de fato, é recorrente no Jardim Angélica. “Estamos desde o ano passado tentando instalar um reservatório, mas as licitações estão dando fracassadas pela relutividade do mercado da construção civil”, explica.
A licitação fracassada ocorre quando os interessados no certame não atendem aos critérios estabelecidos. Neste caso, o valor apresentado pelas empresas é acima do proposto pela Casan. “Ontem foram abertas as novas propostas, mas os preços estão acima e elas não reduzem para o da Companhia. Isso prejudica o processo”, ressalta Benedet.
No caso do Jardim Angélica, o principal problema que acarreta na falta de água é o andamento das obras no Bairro São Luiz. “A adutora passa por ali. Então, desligamos o abastecimento para fazer os reparos e como o bairro fica numa ponte de rede, até voltar a água na parte mais alta demora”, comenta o superintendente.
Benedet ainda justifica que a Casan tem se empenhado para resolver o problema, tanto do bairro Jardim Angélica, como de outros. “A pandemia prejudicou bastante o andamento dos trabalhos, além disso, tivemos aumento dos custos da construção civil”, finaliza.