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A Secretaria do Sistema em Saúde de Morro da Fumaça promove na próxima terça-feira (19), a 1ª Conferência Municipal de Saúde Mental. O tema do evento é ‘A política de saúde mental como direito: pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços de atenção psicossocial no SUS’. A iniciativa acontecerá no Salão Paroquial da Igreja Matriz, das 13 às 17 horas, e é aberto a toda a comunidade.
O objetivo é gerar um debate entre os profissionais da saúde e os usuários sobre como está sendo tratada a saúde mental nas unidades. A palestra magna será ministrada por Dipaula Minotto da Silva, mestra em Saúde Coletiva e docente da Unesc.
“A partir dos eixos, vamos definir cinco propostas para o que queremos para melhorar o âmbito da saúde mental. Também elegeremos quatro delegados, que irão para a Conferência Macrorregional de Saúde. Ali, novos quatro delegados serão escolhidos para a estadual e, por fim, outros quatro para a nacional”, explica Felipe Pedroso, psicólogo e coordenador do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Morro da Fumaça.
De acordo com Pedroso, esta é a oportunidade de os munícipes expressarem suas ideias e ponderações acerca dos atendimentos relacionados ao tema. “Primeiramente teremos a palestra de abertura, depois acontecerão os debates divididos em cinco grupos. Ao final, escolheremos as propostas e os quatro delegados que representarão o município no encontro regional, formados por dois usuários e dois trabalhadores”, detalha.
O psicólogo destacou que os debates sobre saúde mental ganharam um maior espaço nos últimos anos. “Os tratamentos já foram muito desumanos. Os pacientes eram prendidos em hospícios em condições degradantes. Era quase uma tortura. Para oferecermos um atendimento mais humanizado, é essencial ouvirmos os usuários”, pontua.
Caps atuante
O Caps de Morro da Fumaça é focado em situações consideradas graves, onde existem sintomas psicóticos, chance de suicídio e problemas relacionados ao uso de substâncias. A equipe realiza a avaliação inicial e identifica se há a necessidade do tratamento. Entre as atividades oferecidas, existem oficinas de artesanato, terapia em grupo, consultas individuais e compartilhadas, além de acompanhamento psiquiátrico.
“A gente precisa da participação popular para recebermos sugestões de como melhorar o serviço oferecido pelo município, que ainda podem ser levadas para as conferências do estado e do país. Aqui, levamos a saúde mental como prioridade. Tínhamos uma fila extensa aguardando por consulta com psiquiatra e fizemos um credenciamento próprio para contratarmos três profissionais, um para o Caps e dois para a rede. Conseguimos esgotar a demanda”, destaca Marijane Felippe, secretária do Sistema em Saúde de Morro da Fumaça.
