O movimento Salve o Morro do Céu reuniu cerca de 400 pessoas em mais uma ação em defesa do parque, localizado em Criciúma. Os integrantes justificam os atos como uma resistência de que o local não seja desmontado, além da preservação do meio ambiente. A manifestação que aconteceu na tarde deste domingo, 26, trouxe diversas atrações de lazer, como aula de yoga e atividades culturais.
Os atos que são contra a Prefeitura Municipal de Criciúma, acontecem desde o dia 15 de fevereiro. Esta foi a data em que o prefeito Clésio Salvaro deu entrada no projeto que revoga a Lei nº 5.207, sobre o Morro do Céu, aprovado na Câmara de Vereadores com 10 votos favoráveis. O documento prevê o impedimento da criação do Parque no local, pois tem como objetivo, devolver os terrenos aos proprietários pela desapropriação da área. A indenização aos munícipes não foi paga desde 2008.
Desde então, o grupo que visa a permanência do Parque, vem construindo várias ações, como jurídicas e movimentos de rua. “A gente se reuniu com várias entidades ligadas ao meio ambiente e construiu uma frente que decidiu lutar pela permanência do Morro enquanto parque” disse um dos organizadores, Júlio Bittencourt, acrescentando que “na ação de hoje, convidamos as pessoas para conhecer o local e chamamos para entrar no grupo”.
O grupo é composto não só por moradores da cidade de Criciúma, como também de regiões próximas. São eles os responsáveis por fazer articulações favoráveis ao Parque e tratar com os vereadores do município, para que discutam na Câmara Municipal. O ato desta tarde trouxe o título de Ocupa Morro e aconteceu das 14h às 17h30, com a orientação de que os participantes levassem suas próprias cadeiras e alimentos para consumo próprio.
O Governo Municipal disse que não se manifesta mais sobre o assunto. “O projeto revogou a criação do Parque Morro do Céu, mas dos cerca de 83 hectares, cerca de 30% seguem com o Município e continuarão preservados e destinados a atividades de educação ambiental. O restante foi devolvido aos proprietários para evitar indenizações que poderiam chegar a R$ 150 milhões”, relatou a assessoria de Comunicação do Município.