O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil nesta terça-feira, 18, para tratar o caso do curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Araranguá. A medida foi tomada por meio dos pedidos de manifestações dos alunos do Centro Acadêmico, em relação à falta de professores e técnicos atuantes.
Em entrevista ao Programa Adelor Lessa desta quarta-feira, 18, o procurador do MPF em Criciúma, Fábio Oliveira, destacou que a situação está sendo averiguada desde o ínicio. “Já não é um tema propriamente novo para nós do Ministério Público Federal” indagou acrescentando que "percebemos que seria um trabalho bastante difícil em alguns percursos porque houveram mudanças de orientação e visão”.
Oliveira ainda disse que se o problema for realmente orçamentário, a possibilidade de atuação do MPF se reduz, pois se trataria de uma decisão nacional. No entanto, se o resumo se concentrar em problema de gestão, o ministério consegue atuar com mais facilidade.
Ou seja, se for por corte no orçamento, passará a ser um debate da sociedade e esferas administrativas. O procurador fez uma comparação a questão da ausência de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Estado, onde mais de 400 pacientes estavam na fila de espera.
O MPF ingressou com uma ação judicial em fevereiro e março pleiteando a ampliação do número de leitos e a contratação de médicos e enfermeiros. “Algo similar com o que teríamos que fazer em relação ao curso de Araranguá. Foi uma situação muito mais dramática e o judiciário entendeu por indeferir, perdemos em primeiro grau”, pontuou.
Ouça a entrevista completa abaixo: