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“Não podemos ficar reféns desse debate político”, diz presidente da Fecam sobre vacina

Paulo Weiss faz balanço da atuação da Federação e destaca importância da vacina para o país

Por Paulo Monteiro Florianópolis - SC , 31/12/2020 - 08:40 Atualizado em 31/12/2020 - 08:42
Foto: Divulgação
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No início do mês de dezembro, a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) assinou um protocolo de intenções com o Instituto Butantan para possibilidade de aquisição da vacina Coronavac, para Covid-19, assim que iniciar a vacinação em São Paulo. Esta foi uma das ações mais diretas da federação em um ano marcado pela pandemia, e deverá ter seus desdobramentos nos próximos meses.

“Lamentamos que o nosso país não tenha conseguido iniciar a imunização da sociedade. Não entrando no mérito ideológico de vacina a, b ou c, mas penso que uma das 10 maiores economias do mundo, como é o Brasil, poderia estar em um estágio bem mais avançado”, destacou o presidente da Fecam, Paulo Weiss.

A posição do Governo de São Paulo em elaborar um plano de imunização à parte do divulgado pelo Governo Federal, com início da distribuição de doses antes mesmo da imunização nacional, provocou uma certa “disputa” entre os poderes. Muitos apostam que a movimentação do governo paulista seja política, como um “afronte” ao presidente Jair Bolsonaro. De qualquer forma, segundo Weiss, o momento não é propício para se debater posicionamentos políticos em meio a necessidade de vacinação.

“A imunização é muito importante, e os países que saírem mais rapidamente da pandemia sairão fortalecidos e vão começar a crescer, e será um cenário difícil de se reverter. Sabemos que se pensa em uma questão ideológica tanto do Governo de São Paulo quanto Federal, mas não podemos ficar reféns desse debate político no momento”, pontuou Weiss.

O presidente da Fecam ressalta ainda algumas dificuldades da federação ao longo do ano por conta da pandemia do novo coronavírus. Comitês tiveram que ser criados para debater assuntos de recuperação econômica em plena crise de Saúde e, também, outras questões como o retorno da Educação no estado.

Ainda assim, tanto na questão econômica quanto em relação às medidas restritivas impostas, Paulo destaca que houve um diálogo e trabalho juntamente com o Governo do Estado. O diálogo, por sua vez, passou a ser mais constante após a volta do governador Carlos Moisés, que esteve um mês afastado do cargo até ser absolvido do processo de impeachment que tratava sobre o aumento dos procuradores do estado.

“Neste ano o foco foi justamente o combate a Covid-19, mas a Fecam ainda tem seus colegiados, tanto na Assistência Social quanto Educação e Saúde, e criamos também o de Desenvolvimento Econômico, onde pretendemos reunir todos os secretários de Desenvolvimento dos municípios catarinenses para formar um discurso unificado, pensando em propostas que incentivem a geração de emprego e renda”, declarou.

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