A Câmara de Vereadores de Urussanga promoveu uma sessão nesta quarta-feira, 29, para tratar sobre a exploração do petróleo em Santa Catarina. Em outubro, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) irá realizar o 17º leilão para dezenas de blocos no litoral catarinense. Durante o ato dos políticos, foram promovidas palestras destacando os impactos negativos que a medida pode trazer para os municípios catarinenses. Em entrevista ao programa Conexão Sul desta quinta-feira, 30, o vereador Jair Anastacio, trouxe mais detalhes sobre a discussão.
Conforme o vereador, os principais pontos negativos se darão na pesca profissional e artesanal, meio ambiente, além do turismo nas cidades do estado. Os argumentos usados pelas autoridades favoráveis a este tipo de exploração, é a geração de empregos e recursos financeiros aos municípios. “Nas cidades que não são portuárias, não haverá geração de emprego algum. E, estes recursos destacados não serão para as cidades, mas sim lucros para as empresas”, disse Anastácio. A reunião contou ainda com representantes do gabinete da deputada Paulinha e do deputado Padre Pedro, parlamentares que levaram a questão para a Assembleia Legislativa (Alesc).
Atualmente, 90% da pesca do Brasil está concentrada em Santa Catarina. E, a exploração tende a impactar na fauna marinha, pois há intenção de blocos instalados nas costas que acontecem a reprodução de peixes, como os corais. Os especialistas salientaram que as plataformas estão sujeitas a vazamento de óleo, um fato que já aconteceu em mais de 500 cidades . “A nossa audiência atingiu integralmente o objetivo que era trazer informações técnicas dando o conhecimento daquilo que está sendo proposto”, salientou o vereador.