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Nas mãos, a prova da violência sem precedentes no estado

Homem recolhe cápsulas de arma de fogo que ficaram espalhadas em frente a loja de Criciúma   

Por Gregório Silveira Criciúma, SC, 02/12/2020 - 12:07 Atualizado em 02/12/2020 - 13:18
Foto: Gregório Silveira / 4oito
Foto: Gregório Silveira / 4oito

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Uma mistura de pânico com incapacidade de ação. Esse foi o sentimento de Murilo Santos da Silva. A filha dele tem uma loja na rua João Pessoa, região atacada pela quadrilha durante o assalto ao Banco do Brasil na madrugada dessa terça-feira, 01, em Criciúma.

"Minha filha estava na loja e me ligou em pânico. Ela dizia: pai tiro o que eu faço. Pai, muitos tiros", contou Murilo.

A proprietária da loja estava arrumando o estabelecimento durante a madrugada quando toda a ação dos bandidos teve início. "Eu apenas pedi para que ela se protegesse. Não tinha como eu sair de casa naquele momento. Quando a coisa ficou mais calma fui ao encontro dela. Chegando lá ela estava escondida e com muito medo. Jamais achei que um dia isso pudesse acontecer conosco", desabafou.
 
Poucas horas após o assalto Murilo estava vigiando a loja que não tinha mais portas. "Estou aqui para evitar que as pessoas furtem as mercadorias. Na loja do lado já tentaram saquear. Uma pessoa estava saindo com um par de tênis e eu gritei e pedi ajuda para outros lojistas que também estavam na região. Conseguimos evitar o furto."

Murilo, além de ter que varrer os cacos de vidro das vitrines estraçalhadas pelos tiros, ainda precisou recolher muitas cápsulas de arma de fogo. Nas mãos ele mostra os reflexos da violência. "Era muita capsula. Eles estavam armados até os dentes o que demonstra que não vieram para brincadeira. Eu ainda não dormi, mas rezo para que o pior tenha passado", encerra.

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