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No Centro, até seis contêineres de lixo por dia

Para diminuir essa demanda diária, encarregado da prefeitura faz campanha que já está gerando resultados

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 05/09/2019 - 14:58 Atualizado em 05/09/2019 - 15:11
Foto: Amanda Farias / 4oito
Foto: Amanda Farias / 4oito

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Em um dia de pico no movimento do comércio de Criciúma, até seis contêineres de lixo lotados são coletados pela equipe de limpeza urbana da prefeitura. Isso somente nas praças Nereu Ramos e do Congresso.

Para tentar atenuar o problema, uma campanha informal vendo sendo realizada, e com bons resultados. Duas lixeiras, uma verde e outra amarela, são postas em pontos estratégicos com um cartaz: "Na sua casa, você joga o lixo no chão?". O claro recado vem sendo correspondido.

"Surtiu efeito sim, vem diminuindo a quantidade de lixo jogado. Se em um dia normal recolhíamos três contêineres de lixo da praça, hoje chega a um e meio", comemora o encarregado da equipe de limpeza e manutenção das praças, Michael Silva Dutra. "Quando assumimos a função há dois anos pensamos em uma forma de atingir as pessoas, observando o comportamento dos transeuntes que jogam lixo no chão", observa.

O primeiro resultado prático veio com as bitucas de cigarro. "Cada vez menos no chão e mais nas lixeiras", aponta Michael, satisfeito. "Atingimos dois objetivos, a praça mais limpa e a redução do tempo para limpeza", conta. Antes, a equipe trabalhava o dia inteiro para manter a Nereu Ramos em dia. "Agora, começamos às 7h e às 11h o serviço está concluído", detalha. O exemplo das lixeiras com recados já chegou às escolas. "Teve uma turma que fez um trabalho escolar aqui e repercutiu muito bem", sublinha. A iniciativa começou no ano passado e ganha fôlego em datas especiais do comércio.

Consciência mudando

A equipe de dez garis vem sendo orientada a conversar com as pessoas quando observam o abandono de lixo no chão. "Eles abordam, conversam, e notamos também que as próprias pessoas estão chamando a atenção uma da outra, dizendo pra colocar na lixeira. Daí quem suja pede desculpas, fica até com vergonha e usa a lixeira", relata o encarregado. "É uma multiplicação de consciência. Há um efeito educacional", completa.

No lixo mais comum, folhas de árvores, papeis, plásticos, latinhas de refrigerante e cerveja. "E tem aquelas coisas menos comuns, como documentos perdidos, CPF, identidade, cartão de crédito. Já achamos telefones celulares dentro de lixeiras e no chão", refere Michael. Há os papelões, que por muito tempo foram problemas. Alguns comerciantes acumulavam caixas em pontos da praça. "Agora essa coleta está mais organizada, com apoio de ao menos quatro catadores com carrinhos grandes", explica.

As lixeiras do Centro

O trabalho diário de varrição compreende as duas praças até os limites das ruas Henrique Lage, Pedro Benedet, Seis de Janeiro. "Supomos que 5 mil pessoas passem pela praça Nereu todo dia. Se cada um jogar um papel, um saco de pipoca, um plástico, um pote de sorvete no chão, no fim do dia serão 5 mil itens, suficientes para encher dois contêineres de lixo", contabiliza. A área central conta atualmente com 30 contêineres verdes para armazenar lixo além de 120 lixeiras das menores, coloridas.

Outro cuidado tem sido com a lavação do piso da praça Nereu. "Lavamos o paver uma vez por ano. Fizemos isso na semana passada. As lixeiras lavamos duas vezes, a mais recente foi há 60 dias. Usamos lava jato, detergente com cloro", conclui.

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