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O pedido de socorro das escolas infantis em Criciúma

"O governo está decretando a morte da educação infantil", disse uma gestora nesta segunda, na Câmara

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 08/06/2020 - 17:23 Atualizado em 08/06/2020 - 18:12
Diretora do CEI Tiquinho de Gente contou que uma escola do ramo já fechou na cidade / Divulgação
Diretora do CEI Tiquinho de Gente contou que uma escola do ramo já fechou na cidade / Divulgação

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A difícil situação da educação infantil por conta da suspensão de serviços do segmento, em razão da pandemia de Covid-19, foi levada ao plenário da Câmara de Criciúma nesta segunda-feira, 8. "Somos 68 escolas, entre públicas e privadas, que tratam de educação infantil em Criciúma. Quem está cuidando dessas mais de 5 mil crianças que estão sem atendimento? Quem são os responsáveis?", questionou Maria Cristina Pizzolo, adminitradora do CEI Tiquinho de Gente. "Estão dizendo que não somos ambientes seguros para nossas crianças? Claro que somos. Que o governo dê o livre arbítrio para o pai decidir se leva ou não a criança para a escola infantil", referiu Gládis Sorato Dagostim, do CEI Jardim da Alegria.

As duas estiveram reunidas, antes da sessão, com uma comissão de vereadores. Do encontro resultou o convite para a exposição da situação em plenário. "O governador teima em dizer que não haverá prejuízo aos estudantes. Todos lembram como era dos tempos de greve, em que o conteúdo nunca era retomado", comentou Maria Cristina. "O governo está decretando a morte da educação infantil. Viemos pedir socorro", completou. 

A preocupação exposta é sobre a reabertura das escolas infantis a partir de 2 de agosto, por conta do decreto do governador Carlos Moisés. "Em Criciúma já fechou uma escola", revelou Maria Cristina. "Pensem nas escolas que fizeram investimentos. Algumas abriram esse ano. Como vão sobreviver? Temos noção da gravidade, entendemos que todos vamos perder algo, mas se continuar dessa forma o prejuízo é para a criança e para a escola enquanto setor econômico, enquanto prestadora de serviço", relatou. 

Diretoras de CEIs conversaram com vereadores

Gladis manifestou que há uma gama de trabalhadores que vivem do segmento. "Se fizermos a conta, 68 instituições, 20 colaboradores, se escolas começarem a fechar, não vamos dar conta, como vão ficar esses colaboradores? Muitos desses profissionais que estão na escola, familiar também perdeu emprego, não queremos fazer parte da curva do desemprego", destacou a administradora do CEI Jardim da Alegria. "O Jardim da Alegria tem sete anos, o Tiquinho de Gente tem 39, temos compromisso, nos deixem voltar as atividades, deem liberdade aos pais. O pai que não quiser levar, que não leve. Muitos dos que atendemos não tem ninguém em Criciúma por eles, é o pai e a mãe. Essa criança está em casa com um desconhecido", clamou.

Maria Cristina contou que há pais levando seus filhos para longe. "Tenho mãe da escola que está saindo daqui e levando filho em Sombrio todo dia. Isso está certo? E deixam o idoso cuidando, o idoso é de caráter de risco, a criança está ficando com o idoso. Ela nem pode entrar na escola para pegar a atividade dela", lamentou.

Assista a sessão da Câmara com a abordagem do assunto:

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