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O perfil dos técnicos especulados no Tigre

Dos mais defensivos aos mais ofensivos, 4oito analisa os cinco nomes mais cotados para assumir o Criciúma

Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 06/08/2019 - 17:35 Atualizado em 06/08/2019 - 17:35
Maringá não dá pistas sobre novo treinador / Foto: Jota Éder / Timaço / Rádio Som Maior
Maringá não dá pistas sobre novo treinador / Foto: Jota Éder / Timaço / Rádio Som Maior

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Sem treinador, são muitas as especulações sobre o substituto de Gilson Kleina no Criciúma. A diretoria trabalha para anunciar o nome, enquanto o auxiliar Wilsão comanda os trabalhos técnicos no Heriberto Hülse. Da segunda-feira para esta terça, cinco nomes já foram lançados com maior ênfase. No entanto, a direção do clube não dá pistas sobre quem é a bola da vez.

Dentre os nomes especulados, estão técnicos com características mais ofensivas e outros com preferências mais defensivas. Projetando o futuro, o portal 4oito traçou um perfil dos nomes que rondam as listas mais frequentes. Foi levantado o desempenho recente de cada profissional e uma avaliação de repórteres que acompanharam os trabalhos no último clube de cada um.

Hemerson Maria  

Um dos primeiros nomes a surgir no imaginário das especulações foi o de Hemerson Maria. Aos 47 anos, Maria teve destaque na Série B do Brasileirão pelo Joinville, onde foi campeão em 2014. Recentemente, teve uma passagem consistente no Vila Nova, clube que comandou em duas temporadas consecutivas.

O último trabalho de Hemerson foi conturbado, mas não por culpa do treinador. Ele assumiu o Figueirense no final do ano passado, em preparação para a temporada 2019. Com constantes atrasos de salário e proibição de entrevistas com jogadores por parte da direção, Hemerson Maria foi uma espécie de porta-voz do elenco. Ele deixou o clube da Capital por divergências com a diretoria.

Kadu Reis, setorista do Figueirense pela rádio CBN Diário de Florianópolis, avalia Hemerson Maria como um treinador bom para organizar o sistema defensivo, de perfil professoral. “Tem facilidade para trabalhar com atletas jovens. O time dele procura ter o controle mental e defensivo nas partidas”, opina Kadu.

Maria comandou o Figueirense em 34 partidas e perdeu apenas seis. Cindo das derrotas foi por 1 a 0. A equipe teve média 1,07 gols marcados e 0,7 sofridos.

Uma curiosidade sobre Hemerson Maria: de acordo com o repórter Kadu Reis, o treinador é um fanático por futebol. “Ele é um cara que assiste futebol em nível alucinado. Quanto tá de folga, ele tá vendo futebol.  Tem uma grande lista de jogadores sob observação, de Série A, B e C”. 

Luís Carlos Winck

O retrospecto recente não é bom para o técnico gaúcho. Winck comandou o Juventude no ano passado e foi rebaixado para a Série C. A direção do clube da Serra gaúcha manteve Winck nesta temporada, mas o demitiu após péssima campanha no Campeonato Gaúcho.

Winck é lembrado em Criciúma pelo bom trabalho frente ao Tigre. Em 2017, comandou o clube na Série B em 21 jogos e teve aproveitamento de 53,9%.

Os bons trabalhos de Winck também no Caxias levaram o treinador com boa perspectiva para o Juventude. “Ele encontrou o time em declínio na B, muito perto da zona de rebaixamento. Chegou precisando recuperar o time, em menos de um turno para tentar reagir e não conseguiu. Mesmo com o rebaixamento, a direção manteve a aposta de que com pré-temporada e montando o elenco, ele iria bem neste ano”, analisa Pedro Petrucci, repórter da Rádio Caxias.

Na avaliação de Petrucci, Winck adota um estilo de jogo mais ofensivo. “Aqui no Juventude ele tentou colocar um time mais ofensivo e não deu certo. Jogava geralmente com dois pontas, no 4-2-3-1, mais dois volantes e um meia. Utiliza muito da bola longa para a construção do ataque”. Sobre a fraca campanha no estadual, pesou contra Winck a derrota para o arquirrival, o Caxias. “O clube não deu as condições para ele. Com muitas lesões, muitos jogadores da base ereforços que chegaram tarde, o time começou mal o estadual e o estopim foi uma goleada sofrida contra o Caxias”, destaca Petrucci. 

Waguinho Dias

Nome levantado em um cenário de treinadores emergentes, Waguinho Dias tem uma final de Série D pela frente. Ele assumiu o Brusque ao término do Campeonato Catarinense e tem campanha impressionante na competição nacional. 

“Ele pegou um time que brigou pra não cair, o Brusque, fez uma reformulação, com jogadores que se destacaram no catarinense e outros que não foram bem aproveitados. Com proposta ofensiva, time teve 5 vitorias seguidas já no começo da Série D e só cresceu de rendimento”, aponta Rodrigo Santos, repórter da TV Brusque.

O perfil do treinador é traçado como um profissional muito simples, com uma proposta de jogo ofensiva. “Ele é um treinador de muita conversa, agregador. O Brusque joga com a marcação alta, não tem medo de colocar o time pra cima, pressionando desde o começo do jogo, especialmente em casa. Não tá no cardápio dele montar um time retrancado”, avaliou Rodrigo.

Waguinho tem contrato com o Brusque até abril de 2020.

Roberto Cavalo

Em Ribeirão Preto, o emprego de Roberto Cavalo estava por um fio. O treinador levou o Botafogo até a ponta de cima da tabela na Série B, mas parecia ter dificuldades para manter a equipe lá. O trabalho ganhou uma sobrevida após a vitória contra o Oeste, em casa, com gol de pênalti aos 48 do segundo tempo. No entanto, o clube anunciou a saída do treinador na tarde desta terça-feira, em comum acordo. 

Cavalo foi volante titular no título do Criciúma na Copa do Brasil, em 1991. Como treinador, comandou o Tigre na Série B em 2016, com aproveitamento de 49,12% em 38 partidas.
Segundo informações do repórter Felipe Melo, da Rádio CBN, de Ribeirão Preto, o desempenho em casa de Cavalo é muito contestado. “Tem conseguido melhores jogos fora, mas tropeçado em casa”. Depois da Copa América, o Botafogo ganhou só um jogo em casa. Perdeu para CRB e Brasil, e empatou com Guarani. “Corria risco de demissão, mas vitória deu uma sobrevida. Parte da diretoria aprova o treinador, outra parte não”, explica Felipe.

O técnico é apontado como de mentalidade mais defensiva. “Antes da Copa América, o time tinha um sistema defensivo muito forte. O ataque não produzia tanto, mas vencia os jogos em contra-ataque, tinha tomado só 4 gols. Pós Copa América já tomou mais 11”, analisa o repórter.

“A principal crítica é que o time não tem um padrão definido, cada dia é uma experiência. Geralmente atua com três volantes”, finaliza Felipe.

Rafael Jacques

A informação do repórter Jota Éder, do Timaço da Som Maior, é de que o técnico do São José de Porto Alegre, Rafael Jacques, foi procurado na segunda-feira pelo diretor de futebol do Criciúma, João Carlos Maringá.

Jacques teve sondagens do Brasil de Pelotas, ao término dos estaduais, mas descartou deixar o São José na ocasião. Pelo time da capital gaúcha, Jacques conquistou o acesso na Série D do ano passado. Na Série C, o São José é o segundo colocado no Grupo B, com 24 pontos em 15 jogos.

Rafael Diverio, repórter da Zero Hora, destaca a capacidade de adaptação dos times de Jacques. "Ele sabe armar o time para propor e para reagir. Time dele raramente dá balão, tenta sempre tratar bem a bola", analisa Diverio.

Sobre a disposição em campo, o São José gosta de marcar pressão quando perde a posse de bola. "Normalmente tem um armador mais clássico e pelo menos um extrema de velocidade. No dia a dia, ele tem boa postura e parece ter o apoio de todos do elenco", finaliza Divério.

Nos bastidores

De acordo com o repórter Jota Éder, do Timaço da Som Maior, o Criciúma fez proposta para o técnico Hemerson Maria, mas houve desacordo em relação ao tempo de contrato. O diretor de futebol, João Carlos Maringá, teria descartado nomes de treinadores que estão empregados. Sobre Luís Carlos Winck, a informação é de que o treinador não foi procurado pelo Tigre. 

Tags: criciuma tigre

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