O que é a Cidade do Conhecimento? Ela pode ser implantada em Criciúma?

O ecossistema de inovação agradou os empresários israelenses parceiros da Satc. Com apoio da instituição, eles buscam conhecer a Região Carbonífera (Amrec) com o intuito de estudar a viabilidade de implantação de uma cidade inteligente e sustentável, com emissão zero de carbono e reutilização da água das chuvas. O fundador da BaseCamp e o diretor de Tecnologia receberam a imprensa para dar detalhes da visita a Criciúma nesta quinta-feira, dia 7. 

“Em 2018, o sonho era criar uma Cidade do Conhecimento. Carbono zero, todo mundo morando, trabalhando, empreendendo e se divertindo. Um grande laboratório vivo de tecnologia. Depois, começamos a trilhar um caminho, a pandemia atrasou esse processo, mas não impediu que a gente conseguisse. Então, ao longo de 2020 e 2021, nós fomos buscar parceiros para ajudar a acelerar, criar, desenvolver e implantar o projeto, que é a BaseCamp”, comenta o diretor-executivo da Satc, Fernando Luiz Zancan. 

O fundador, presidente e CEO da BaseCamp, Uzy Zwebner, demonstrou empolgação com o que pôde conhecer em Criciúma. “As conversas com o Fernando acontecem faz dois anos, mas por causa da Covid-19, foram à distância. As nossas expectativas eram baixas, mas tenho me surpreendido bastante. Nesses dois dias, vi muito mais do que eu esperava aqui, isso me deixa feliz. Tem uma equipe muito qualificada e com boas intenções. São quesitos fundamentais para fazer o projeto dar certo”, detalha.

O CEO, que esteve visitando, junto ao diretor de Tecnologia, pontos estratégicos de Criciúma e projetos de pesquisa voltados à inovação, avalia a possibilidade de implantação da Cidade do Conhecimento. “Com os parceiros que vocês têm aqui, é possível construir um ecossistema muito parecido [com o da BaseCamp]. Esperamos que os jovens da região tenham o espírito de que podem tomar riscos, de que podem desenvolver seus empreendimentos e suas ideias”, ressalta Zwebner. 

Segundo Zancan, atualmente, o plano está sendo traçado. “Daqui a dez meses, vamos ter uma visão global. Talvez o nome “Cidade do Conhecimento” não seja mais esse, tenha um branding diferente. Tem todo um trabalho de consultoria e expertise deles [israelenses]. Eles vão entrar, trabalhar, ajudar a desenvolver e ser sócios do projeto junto a outras 10 empresas que já são parceiras”, enfatiza. “É possível. Se todo mundo estiver junto, colaborar e olhar para a mesma  direção, a gente vai conseguir. O sonho já está avançando”, acrescenta. 

A BaseCamp é responsável pela criação de cidades inteligentes e ecossistemas de inovação. Em Israel, a empresa ergueu um distrito inteligente em cima de um deserto. O modelo se baseia na criação de uma ponte única conectando governo, educação e iniciativas privadas, de maneira benéfica e sustentável. 

O que é a Cidade do Conhecimento?

Já pensou na ideia de morar em uma cidade inteligente e sustentável no que tange a geração de energia, com emissão zero de carbono e reutilização de água das chuvas? Parece um sonho. E, aqui em Criciúma, a Satc, em parceria com 10 empresas, busca tirar a proposta do papel, com apoio da BaseCamp - responsável por viabilizar cidades inteligentes e ecossistemas de inovação em diversas regiões do mundo. 

O projeto envolve uma área de 70 hectares, que será transformada em uma cidade inteligente. O local terá um grande centro de eventos, hotéis, apartamentos residenciais e estrutura de lazer para que os integrantes possam morar no distrito.   

Junto com a Satc e a BaseCamp, são parceiras da Cidade do Conhecimento as empresas: AGPR5, Alcino Zanatta Ferragens, AM Formaturas, Brametal, DeLupo, Diamante, Rio Deserto, Farben e Open Market, Ferrovia Tereza Cristina, Plasson e Urussanga Minérios.