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O relato do dono do prédio onde houve duas mortes em incêndio

Vereador Paulo Ferrarezi respondeu pelo bar por 17 anos. Espaço está locado há 12 anos. Os mortos eram amigos do parlamentar

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 14/04/2022 - 16:01 Atualizado em 14/04/2022 - 17:56
Foto: Corpo de Bombeiros / Divulgação
Foto: Corpo de Bombeiros / Divulgação

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O prédio onde funcionava o bar que incendiou na manhã desta quinta-feira (14), na Vila Manaus, em Criciúma, pertence ao vereador Paulo Ferrarezi (MDB). Bastante abalado, ele contou à reportagem do 4oito detalhes do incidente, que resultou em duas mortes. "Eu moro na parte de cima", contou Ferrarezi. "Eu não estava em casa, mas estava perto. Aquele prédio é propriedade minha, eu toquei aquele bar ali por 17 anos, e nos últimos 12 anos o bar estava alugado a esse senhor que o toca até hoje", relatou. 

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Ferrarezi tinha relações de amizade com os dois homens que morreram. "O estrago material foi muito grande, mas muito pior foi essas vidas que perdemos. Um deles morava na Santa Luzia e outro ali perto, na Vila Manaus", lamentou. As vítimas foram posteriormente identificadas como Agnaldo da Silva Pereira (43 anos, foi o que faleceu na calçada) e Jairo Arlindo de Jesus (62 anos, morreu no hospital).

Além das duas vítimas, o responsável pelo bar também precisou ser hospitalizado. "Ele inalou muita fumaça e ficou com dificuldades de respirar, mas agora já está em casa, está melhor", contou.

A tragédia poderia ter sido ainda maior pois, conforme o vereador, havia cerca de dez pessoas no bar no momento do incêndio. "As duas vítimas eram clientes. Outros conseguiram escapar quando houve a explosão. Mas esses dois ficaram atrás de uma corrente de fogo que se formou quando o botijão explodiu" detlahou Ferrarezi. "Daí eles ficaram num canto do bar, um morreu ali na calçada, enquanto era atendido, e o outro acabou falecendo no hospital depois", disse. "Eu tinha contato frequente com os dois, os via toda semana pelo menos uma vez", sublinhou. O responsável pelo bar ainda tentou retirar o botijão quando o fogo começou, mas não teve sucesso. 

Não havia ninguém na casa do vereador, no piso superior do bar, no momento do incêndio. "A minha esposa trabalha em um salão de beleza ali perto, quando ela ouviu o estouro saiu correndo, achou que era um acidente, e já viu o fogo no bar", referiu Ferrarezi. "Extintor não faltava ali, era tudo regularizado, mas não deu tempo. Ainda tentamos controlar o fogo com os extintores, mas não deu conta", comentou. "Os vizinhos também vieram com extintores, tentaram atacar as chamas, que só foram controladas depois quando os bombeiros chegaram", emendou.

A condição da estrutura do bar ainda será avaliada pela Defesa Civil. "Veio um técnico, vieram os bombeiros e, na segunda-feira, um engenheiro da Defesa Civil vai analisar. Os rebocos caíram todos, os pisos da parede também, mas parece que as vigas não foram comprometidas", observou. "Teremos uma análise mais minuciosa", relatou.

Enquanto isso, o vereador deverá manter a parte superior do prédio, na sua residência, desocupada. "É que o fogo queimou toda a canalização, inclusive do esgoto, dos banheiros do meu apartamento", salientou. "Havia um forro por onde a canalização descia, e isso queimou tudo", explicou. "Assim, não podemos ocupar pelo menos uma parte da casa", completou.

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