Um empresário com atuação no segmento da construção civil e com investimentos em Laguna foi o visitado pela Operação Seival 2 em Criciúma. A operação, deflagrada pelo Ministério Público (MPSC) e Polícia Civil nesta quinta-feira, 24, investiga crimes de fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato envolvendo empresários, agentes políticos e servidores públicos. Além de Criciúma, a operação cumpriu mandados em Laguna, Tubarão, Imbituba, Imaruí, Capivari de Baixo, Itajaí, Navegantes e Florianópolis.
Conforme informações preliminares, o empresário visitado pela força-tarefa em Criciúma mantinha, em casa, um revólver não registrado, o que fez ele ser autuado. Mediante o pagamento fiança, ele foi liberado.
A cidade com mais mandados cumpridos foi Laguna, onde três vereadores e um secretário municipal foram detidos e conduzidos à sede da Diretoria Estadual de Investigação Criminal (Deic), em Florianópolis, para prestar esclarecimentos. Segundo o Agora Laguna, os detidos na cidade foram os vereadores Cleosmar Fernandes, Thiago Duarte e Valdomiro Barbosa além do secretário de Obras, Renato de Oliveira. Ainda em Laguna, celulares de outros vereadores foram apreendidos e houve determinação para que dez pessoas não acessem mais a sede da Câmara.
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Laguna é o epicentro da investigação, de onde partiriam as irregularidades que contam com ramificações, além de Criciúma, nas cidades de Tubarão, Imbituba, Imaruí, Capivari de Baixo, Florianópolis, Itajaí e Navegantes. Há, no que foi investigado até aqui, indícios de superfaturamento e ausência de execução de obras contratadas pela prefeitura, além de fraudes ao Instituto de Previdência (Iprev), datadas de 2016.
A primeira fase da Operação Seival é de novembro de 2017. Na ocasião, foram cumpridas 76 ordens judiciais, com sete prisões preventivas e seis temporárias, também na região de Laguna. Foi apontada a existência de uma organização criminosa que atuava em licitações, na realização de obras e fornecimento de materiais, e que teria a participação de um vereador licenciado que, na época, operava o esquema enquanto secretário municipal.