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Os embates e diferenças entre Antifas e o conservadorismo

Diferenças entre duas vertentes foi debatida no Agora desta semana

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 21/06/2020 - 09:04
Foto: reprodução
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O movimento Antifa, contrário ao fascismo, vem sendo pautado quase que diariamente desde que manifestações começaram a acontecer nos Estados Unidos - após o assassinato do norte-americano negro George Floyd por um policial branco. Manifestações contra o racismo e o fascismo então começaram a pipocar entre países de todo o mundo. No Brasil, os atos ganharam às ruas em um momento onde apoiadores do presidente Jair Bolsonaro protestavam quase que diariamente pelo país.

Nesta semana, o programa Agora trouxe o embaixador da juventude da IYB Brasil e acadêmico de Geografia, Douglas Santana, e o membro da Coalisão Conservadora, Lucas Campos, para um debate sobre fascismo, racismo, democracia e as manifestações recentes do país.

Douglas destaca que o Antifas foi trazido para Criciúma pautado pelo movimento vidas negras importas, contra a necropolítica e a violência policial. "Trazemos essa ideia que vai contra a violência policial, toda e qualquer manifestação de racismo, governo autoritário e todas essas coisas que nos oprimem há muito tempo", declarou.

Essas manifestações, segundo Lucas, não atingem de maneira nenhum o presidente Jair Bolsonaro, e afirma que as manifestações estão sendo feitas tanto do lado dos Antifas, quanto do lado conservador. "O antifascismo chega cheio de significado mas com pouca verdae, Muitas palavras mas pouca conexão com a realidade. Falta o tangível, o palpável", destacou Lucas.

Douglas ressalta a formação do fascismo com o ditador Benito Mussolini, na Itália, na década de 1920 e que, desde então, alguns resquícios do movimento são encontrados. O acadêmico compara algumas características do fascismo com ações do presdiente Bolsonaro, apontando para o discurso populista, autoritarismo e o patriotismo. O estudante ainda aponta para uma supremacia racial que oprime negros Brasil já há épocas. 

"Esse neo-fascismo, nessa ideia de supremacia racial, que estamos acompanhando e não temos como negar. A cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no Brasil, que é um país extremamente racista em relação as suas estruturas e instituições", disse.

Lucas contesta o estudante, declarando que o presidente não é fascista e apontando para características do fascismo não vistas no governo atual, como a chamada economia fascista. "A economia fascista aconteceu muito no Brasil, quando o grande capital ajuda o regime. O fascismo e comunismo não consegue dominar os meios de produção de todo mundo, você pega o grande capital e ajuda, estatizando empresas e fazendo com que elas a sirvam. Em 2014 a Dilma, quando fazia as reuniões tinha do lado direito Marcelo Odebretch e do esquerdo Eike Batista e muitos outros empresários. Isso é a economia fascista", pontuou.

Sobre o rascismo, Lucas ressalta que são situações pontuais e pouco presentes em Criciúma, assim como a ausência de pessoas negras em cargos de maior destaque - já que a grande maioria colonizadora da região é europeia. "Isso não existe em Criciúma, é uma pontualidade, uma coisa ou outra e esses caras que fazem isso tem que ser presos. Esses caras precisam ser excluídos, porque o racismo é nojento", disse.

Douglas contesta, dizendo que o racismo de forma alguma é algo pontual, e que se manifesta de muitas formas - inclusive em piadas, de forma recreativa. Para o estudante, isso é algo que vem está dentro de um sistema estrutural institucional que rege o Brasil, fazendo parte da economia, política, e Educação. 
"Não pdoemos negar a história brasileira, em que houveram de fato séculos de escravidão, em que a população negra foi escravizada e, quando houve libertação de escravos foram jogados a margem da sociedade sem nenhum subsídio para agir", declarou.

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