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Pepê Collaço e Zé Milton Scheffer definem as prioridades para 2024

Infraestrutura, saúde e agricultura estão no radar dos deputados do PP

Por Renan Medeiros 25/01/2024 - 14:13 Atualizado em 25/01/2024 - 14:13
Fotos: Rodolfo Espínola/AgênciaAL/Arquivo
Fotos: Rodolfo Espínola/AgênciaAL/Arquivo

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Infraestrutura e saúde são os focos de atuação dos deputados Pepê Collaço (PP) e José Milton Scheffer (PP). Os dois concederam entrevista no Plenário, quadro do programa Adelor Lessa com a participação da jornalista Maga Stopassoli. Scheffer demonstrou preocupação também com a agricultura, o pilar mais importante da economia do Extremo Sul.

Os dois também falaram sobre política. Pepê Collaço foi questionado sobre a Casa Civil do Governo do Estado. Zé Milton abordou a situação da prefeita Dalvânia Cardoso, de Içara, que está em vias de trocar o PP pelo PL.

O que disse Pepê Collaço (PP)

Balanço da Bancada do Sul em 2023

2023 foi um ano muito positivo, principalmente pela harmonia entre os sete, agora oito deputados que compõem e convivem na Assembleia, que são da Bancada do Sul. Eu tenho a honra de hoje ser o coordenador, estar à frente da bancada, mas te confesso que a gente teve uma harmonia, foi tão grande dentro das pautas que são necessárias pro desenvolvimento sul-catarinense, que a gente teve uma boa convivência com todos os deputados. E não tenho dúvida que 2023 foi muito positivo por recursos que chegaram até o sul-catarinense, de obras e serviços que são importantes pro desenvolvimento do nosso sul.

Recursos para a saúde

As questões de alguns hospitais, como o Hospital São Donato, que precisava de recursos para a sua saúde financeira, foi um ato da Bancada do Sul que conseguiu colocar mais de R$ 3 milhões para o hospital de Içara. Não foi diferente no Hospital de Braço do Norte, com R$ 2 milhões de reais para o término da ampliação. Agora nós estamos em cima da questão do Hospital de Laguna também, que tem uma dificuldade financeira e a gente já teve já um encaminhamento através da Bancada do Sul e estamos só definindo a questão de valores e outros recursos importantes que nós conseguimos, bandeiras importantes que nós conseguimos em 2023.

O que está encaminhado para 2024

Obras que já foram definidas no orçamento na questão de recursos através da Bancada do Sul, como aí em Criciúma, a aquisição de carros elétricos onde a Bancada do Sul está destinando R$ 2 milhões; em Cocal do Sul a construção de uma edificação de novo quartel do Corpo de Bombeiros, que também vai ser destinado R$ 2 milhões, pavimentações em Turvo, ampliar um novo anel viário aqui na cidade de Tubarão, todas as obras e recursos que estão sendo destinados através da Bancada do Sul, que foram uma conquista já e muito debatida em 2023. Tem algumas obras em 2023 também, como a concessão do aeroporto de Jaguaruna, que está em andamento, e as obras do entorno do porto de Imbituba, que já viraram realidade, estão em execução, que foram pautas constantes dentro da Bancada do Sul e depois conduzidas pelo governo do Estado.

Prioridades para este ano

Nós temos muita coisa a fazer e deliberar este ano até 2024. Continuar grandes debates que nós tivemos na Assembleia, discussões em audiências, que nós temos que tirar do papel e tentar fazer com que isso vire realidade agora em 2024. Eu posso colocar que a grande questão que nós discutimos sobre a SC-445, que foi fruto inclusive de muito debate na rádio, de comentários, também a ampliação e duplicação da SC-370, que liga Tubarão até Braço do Norte, a questão da continuidade da Serra da Rocinha, da redragagem do rio Tubarão, da barra do rio Araranguá. São discussões que nós precisamos amplificar, continuar em 2024, que são obras importantes e necessárias que nós temos que pautar como representantes do Sul Catarinense.

SC-108, de Criciúma a Urussanga com contorno de Cocal

É claro que muitas discussões e questões ficaram para trás do que eu falei aqui, porque não dá para elencar todas as prioridades e questões que a Bancada do Sul tem. Mas essa obra já foi muito debatida também na Assembleia dos Deputados e é fruto de muita cobrança na Assembleia. Inclusive, teve uma audiência pública já no passado, discutindo novamente essa obra que é importante. Outra questão também na região de Criciúma é a compensação, que também foi fruto da audiência pública pela Câmara de Vereadores de Criciúma, juntamente com a Assembleia Legislativa, sobre a compensação da construção do presídio, que existe um acordo de compensação para asfaltamento de vias no entorno, que também está na pauta para a gente evoluir uma conversa com o governador nos próximos dias.

Casa Civil do Governo do Estado

Fiquei muito triste pelo fato do Filipe (Mello) ter dado a negativa posteriormente à permissão pelo Judiciário, pelo Tribunal, para sua posse. Porque apesar de todo o frenesi que houve, de querer dizer que, por ele ser filho do governador, ele não poderia assumir, e eu deixei muito explícito e claro isso: eu era a favor para que ele estivesse como secretário. Quero aqui externar a minha tristeza, porque o Filipe é uma pessoa que se dá muito bem com os deputados, ele circula muito bem na Assembleia e ele tem uma capacidade executiva, por experiências que ele tem e também por ser um advogado de renome como ele é, eu não tenho dúvida que isso facilitaria muito o diálogo do governo com a Assembleia e isso nos dava esperança para que essa relação Assembleia e governo melhorasse para 2024. E muita gente às vezes me falou o seguinte: ‘olha, mas é filho do governador, que defendeu essa questão de nepotismo e tal’. Eu estou na vida pública há algum tempo, Adelor e Maga. Eu posso dizer de boca cheia que eu nunca empreguei ninguém na minha família enquanto estive como vice-prefeito, como vereador e agora como deputado. Eu não vejo problema nenhum se um filho tem uma capacidade, uma bagagem como o filho dele (do governador) tem, de estar assumindo, isso não seria nenhuma questão problemática para o nosso Estado. Eu acho sim que nós teríamos uma possibilidade de estreitar essa relação Assembleia-Governo do Estado.

Foi sondado para a Casa Civil?

Eu tive depois uma conversa com pessoas próximas do governo e o que a gente nota é que será alguém próximo a esse núcleo. Eu não fui sondado sobre essa questão da Casa Civil, não fui sondado e não sei qual deputado tenha sido, não tenho essa informação e não acredito que alguém tenha sido sondado, acredito que vai ser alguém próximo a esse núcleo do governo mesmo.

O que disse José Milton Scheffer

Foco nas obras paralisadas

Nós temos muitas pautas. O ano passado foi um ano de muita discussão em torno de obras que foram paralisadas. Muitas delas já foram dadas ordens para reiniciar. Acho que a pauta ainda segue sendo as obras iniciadas e paralisadas para que a gente possa não perder o timing. Nós conseguimos agora, no fim do ano, junto com o governador e os demais deputados, reiniciar a SC-108 aqui em Praia Grande de Jacinto Machado. A obra foi autorizada, está sendo nos próximos dias montado o canteiro de obras e retoma. Mas nós temos muitas obras ainda em andamento, outras paralisadas, que devem ser a nossa pauta.

Prioridades na saúde

Não podemos esquecer também das questões da saúde, de equipar nossos hospitais, melhorar a infraestrutura, a remuneração em termos dos serviços prestados na área da saúde, precisam estar na pauta.

Agricultura familiar

Nós temos bandeiras muito fortes e preocupações com relação às questões climáticas, que têm afetado o nosso agricultor. A produtividade, a produção das lavouras está caindo. Ninguém está percebendo, mas eu sou engenheiro agrônomo, tenho contato próximo com a Epagri. E a gente sabe que o agricultor, ao longo deste ano, terá uma renda menor por conta da produção menor em função das questões climáticas. Temos que criar políticas públicas para proteger esse grande tesouro que nós temos em Santa Catarina, que é a nossa agricultura familiar. Poucas pessoas falam, porque muitos dizem que tem pouco voto e tal, mas a pessoa que tomou café hoje de manhã, ali atrás disso, teve o trabalho de um agricultor. Na hora do almoço, da janta, tem a mão da agricultora, do agricultor, e ela é uma indústria de céu aberto. Então, quando dá sol muito forte, prejudica. Quando não tem sol, também prejudica. Quando tem chuva, prejudica. Quando tem pouca chuva, também prejudica. Então, precisa ter políticas públicas nesse setor. 

Situação atual da saúde em Santa Catarina

É o começo do ano, tem uma nova política sendo proposta pelo governo do Estado, tem ainda grande preocupação com a efetivação dessa política. Nós perdemos um ano, Um ano é muito tempo na área da saúde. Eu acho que temos que, agora, com números na mão, com pauta, buscar equacionar. Mas ela ainda precisa evoluir bastante nessa questão da valorização dos hospitais, mas, ao mesmo tempo, também fala-se em obrigar os hospitais a fazer isso, aquilo. Eu também não concordo com isso, acho que tem que propor políticas públicas que sejam interessantes, para que os hospitais possam trabalhar, trabalhar com tranquilidade, para atender bem o paciente. Nós ainda estamos longe disso, por mais que tenha tido esforço por parte de vários governos, inclusive do atual também, mas a gente ainda está longe disso, e para que o paciente possa ser atendido com brevidade.

O que precisa ser feito na saúde

Eu acho que ainda tem um caminho a ser consolidado. Demorou um ano para surgirem as propostas e ainda há muitas dúvidas a respeito desse debate. Os hospitais filantrópicos têm dúvida, e outros hospitais públicos e privados também, de como será essa efetivação. Eu acho que precisa ser ouvido mais os prestadores de serviço da Secretaria de Estado da Saúde. Ao ouvi-los, a gente vai encontrar o caminho para realmente fazer uma saúde que o catarinense tanto espera e merece. Mas ainda estamos no caminho. Melhorou? Melhorou. Mas ainda temos fila para ser atendido, temos ainda tabelas para serem atualizadas, e serviços para serem prestados. Acho que o caminho na área da saúde ainda está longe de atingir um ponto de equilíbrio. Tanto no atendimento dos pacientes, quase que diariamente a gente que percorre o Estado é procurado por pessoas que estão aguardando algum tipo de procedimento. E também somos contactados por entidades prestadoras de serviço pela baixa remuneração, pela demora, pela falta de uma política clara de saúde e igualitária. Não adianta beneficiar um tipo de hospital e deixar o outro de lado, não adianta beneficiar um laboratório e deixar o outro. Tem que ser algo uniforme, universal, bem claro para todos. E isso ainda precisa ser consolidado, e eu espero que nesses seis meses iniciais desse ano, nós já perdemos o ano passado, que a gente não perca esse ano e consiga ajustar isso para que as coisas possam andar bastante. 

SC-108, de Criciúma a Urussanga com contorno de Cocal

Uma das prioridades para este ano é a retomada. Nós que estamos em Cocal do Sul com frequência sabemos da situação, da falta que o contorno viário faz. A rodovia merece já ser duplicada e acho que agora é uma questão da gente discutir. Está no nosso radar, no nosso mandato, mas também de outros deputados, que é uma obra de mais de R$ 200 milhões e agora a gente precisa encontrar um caminho. O Governo do Estado vai fazer investimentos de mais de R$ 2 bilhões, tem boa vontade, mas dá bom montante, é uma questão da gente agora conversar, sentar junto com prefeitos, com lideranças da região, com o governador que tem sido muito presente aqui no Sul, para encontrar uma equação, assim como também está no nosso radar a rodovia Içara-BR-101-Criciúma, que não parou, está tocando e a gente tem agora a etapa dois pela frente que temos que acompanhar. Essa mobilização que precisa ser feita, mas a 108, que é uma sequência dessa 108 que começa aqui em Praia Grande e vai até Jaraguá do Sul, ela precisa ter uma atenção diferenciada nesse trecho aí entre Criciúma e Urussanga, principalmente nessa questão do contorno viário, tem questões burocráticas ainda para serem resolvidas no contrato, mas eu creio que com boa vontade, com trabalho, a gente consiga ao longo deste ano botar essa obra aí também para rodar, que é uma obra estratégica para o desenvolvimento da região.

Saída de Dalvânia Cardoso apra o PL

A prefeita Dalvânia é do Partido Progressista. O Partido Progressista é um partido de direita que é parceiro também do PL em diversos municípios, inclusive no Governo do Estado, e a gente está conversando as questões ligadas a todo esse debate que foi feito, a prefeita tem sido muito receptiva às lideranças, tem recebido apelo de todas as lideranças do Partido Progressista pela história que ela tem construída dentro do partido. A Dalvânia faz uma excelente administração, é uma prefeita de destaque em Santa Catarina pela qualidade da gestão dela na saúde, na educação, é referência. Tem dado uma atenção muito grande também no desenvolvimento econômico do município de Içara, e ela é fruto da militância do partido. A Dalvânia começou no Partido Progressista com 16 anos, e está até hoje com uma carreira muito forte ainda pela frente. A gente entende que o melhor caminho, tanto para ela, quanto para o PL do sul de Santa Catarina, é mantê-la no Partido Progressista. Ela sabe do respeito, do carinho que não só o deputado Zé Milton, mas todas as lideranças de fora e dentro do Estado têm pelo trabalho. Claro que está no coração dela, a decisão lhe pertence e a gente vai respeitar, mas temos o direito de pedir para que ela permaneça no partido pela importância que ela tem e também pela projeção que a gente tem de futuro político da Dalvânia aqui no sul de Santa Catarina.

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