O governo de Santa Catarina anunciou nesta segunda-feira, 13, novas medidas restritivas para combate ao novo coronavírus, visando diminuir a transmissibilidade do vírus no estado. Festas, shows, espetáculos continuam suspensos pelos próximos 14 dias, assim como eventos esportivos. Apesar das restrições não tão novas, o distanciamento físico segue sendo uma das melhores alternativas de combate a doença, segundo afirma o pneumologista Renato Matos.
“A OMS considera um contato de risco quando ficamos mais de 15 minutos a menos de dois metros de distância. Situações em que nós não consigamos manter essa distância, estamos em risco. No início tínhamos muito mais receio de certas situações, como da compra de uma pizza quando se dizia que o coronavírus ficava no papelão por até 4 horas. A impressão que se tem hoje é de que essas situações são bem menos comuns, o que se tem visto são situações de contatos sociais mais prolongados e sem proteção”, declarou Renato.
O pneumologista reforça que, se tivesse que começar com medidas restritivas mais duras atualmente, não seria com o fechamento de lojas e shoppings que estivessem adotando as medidas adequadas de afastamento. “Não temos encontrado grandes surtos em empresas, isso é mais em reuniões sociais”, pontuou.
As situações mais preocupantes para além das já proibidas festas particulares, são aquelas de convívio social em bares e restaurantes - onde se pode haver inadequações por parte do público, mesmo que, muitas vezes, sem intenção. “Se estou em um local bebendo, é difícil tomar cerveja com máscara. Difícil depois de alguns copos de cervejas não falar alto ou cantar, essa situação e que preocupa. É o que chamamos de super transmissoras, situações de aglomerações de pessoas com poucos cuidados. Tem que se pensar nessas situações”, reforçou.