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Polícia Civil realiza Operação Marias em todo estado

Ação visa prender pessoas por violência doméstica e o balanço do dia aponta 48 prisões

Por Redação Florianópolis, SC, 27/11/2019 - 15:59 Atualizado em 27/11/2019 - 17:21
Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação

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“Há um ditado popular que diz que em briga de marido e mulher a gente não mete a colher, mas em Santa Catarina a Polícia Civil mete a colher sim". Foi assim que o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Paulo Koerich, definiu o início da Operação Marias. Em todo o estado, iniciou nesta quarta-feira, 27, a Operação Marias, que busca os índices de violência doméstica em Santa Catarina. A Polícia divulgou um balanço no fim da tarde de hoje que aponta 48 prisões. Ao todo, foram cumpridos 41 mandados de prisão, 22 mandados de busca e apreensão, 620 medidas protetivas foram fiscalizadas e sete pessoas foram presas em flagrante.

Ao todo, são 81 mandados de prisão expedidos pela Justiça contra suspeitos de violência doméstica, 23 mandados de busca e apreensão e 1.211 fiscalizações de medidas protetivas. Até por volta do meio-dia, o balanço preliminar indicava 25 prisões, 17 mandados de busca e apreensão cumpridos e 342 fiscalizações de medidas protetivas realizadas. 

Estão mobilizados mais de 350 policiais civis das 30 Delegacias Regionais do estado. As prisões são preventivas ou de sentença definitiva, determinadas pela Justiça, e motivadas por crimes como violência sexual, estupro de vulnerável, ameaça, descumprimento de medida protetiva e posse irregular de arma de fogo.

As cidades ainda não foram divulgadas, contudo a informação é de que não há prisões da Operação Marias em Criciúma. 

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Paulo Koerich, destacou a ação como forma de reduzir os índices de feminicídios e de prevenção à violência contra a mulher no estado. "Nós defendemos as vítimas, temos programas de conscientização, ações sendo realizadas pelas Delegacias da Mulher, eixos temáticos, seminários e, principalmente, contamos com a população para que faça as denúncias para a polícia poder agir”, ressaltou o delegado-geral.

A coordenadora das Delegacias de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMIs), Patrícia Zimmermann, enfatizou que os policiais continuarão nos próximos dias em busca do cumprimento de todos os mandados judiciais. “O importante é que as vítimas possam ter a certeza de que a Polícia Civil está aqui para proteger essas mulheres e que atua incessantemente em defesa delas. Estamos dentro dos 16 dias de ativismo e hoje é uma operação nacional, quando as Delegacias da Mulher têm se mobilizado para cumprir essas ordens judiciais em um incremento maior dessas ações”, disse a delegada.

Sobre a operação

O nome “Marias” faz referência a Maria da Penha Maia Fernandes, vítima emblemática de violência doméstica, referencial na luta em defesa dos direitos das mulheres e cujo nome é emprestado à lei “Maria da Penha”. 

A operação tem caráter nacional em parceria com o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia (CONCPC) e é realizada também em outros Estados do Brasil.

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