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Por que os hábitos alimentares são os mais difíceis de mudar?

Ressignificar a relação com a comida é a chave para uma vida saudável

Por Redação Criciúma, 24/03/2020 - 19:34

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Escolher a sua comida é muito mais do que selecionar um alimento em um cardápio: é uma decisão sobre quais nutrientes colocar dentro do corpo, autocuidado, autoestima e até estética.

A forma como nos relacionamos com o alimento começa ainda na vida intrauterina. Se a gestante só consome produtos processados e industrializados e tem uma dieta rica em açúcares e gorduras, ao nascer, o bebê também terá predileção por esse tipo de alimento, favorecendo o ganho de peso e a obesidade.

A fase de introdução alimentar do bebê também é importante, pois é o momento em que ele vai conhecer diferentes sabores e texturas. É dever dos pais oferecer à criança a maior variedade possível de frutas, verduras e legumes, para que, assim, ela possa crescer consumindo essas comidas e tenha uma maior propensão a seguir uma dieta saudável e equilibrada.

Com uma rotina cada vez mais acelerada e dinâmica, comer bem é um desafio e tanto. Soma-se a isso o gosto pessoal, a praticidade dos alimentos congelados e processados e a relação psicossocial que temos com a comida, e pronto: temos um cardápio pouco nutritivo e uma guerra contra a balança.

Socialização

Especialistas dizem que qualquer coisa, para se tornar um hábito, deve ser feita diariamente por cerca de três meses. Isso vale para a dieta, para a academia e até para a meditação.

Sem perseverança, a chance de desistirmos pelo caminho é grande. Ainda mais quando se trata dos hábitos alimentares.

Comer se tornou um momento de socialização importante. É à mesa que nos reunimos com a família para jantar após um dia complicado; é no bar, durante o happy hour, que aumentamos o network; é o encontro entre amigos que acaba na lanchonete ou pedindo uma pizza.

Nesses encontros, ninguém quer ser o chato que pede algo diferente. Se todos estão comendo hambúrguer e milk shake, pedir uma salada e uma água com limão é visto como algo de outro mundo. E tem gente que não tem estrutura emocional para bancar o pedido e seguir em frente com ele, cedendo à tentação do lanche e à pressão dos demais para comer besteira “um diazinho só”.

Cérebro também sabota

Outro ponto interessante é que alimentos ricos em gorduras e açúcares acionam o mecanismo cerebral de recompensa, liberando substâncias prazerosas no organismo.

Sair da dieta uma vez ou outra não tem problema. A grande questão é quando o cérebro acaba se viciando nesses alimentos e demandando cada vez mais essas substâncias para fazer a pessoa “se sentir bem”.

São muitos os estudos que indicam que o vício em açúcar é mais forte até do que o de cocaína! E a abstinência é ainda mais complicada, pois estamos rodeados por doces praticamente o tempo todo.

Um dia após o outro

Na busca pela ressignificação do alimento, muita gente apela para a ajuda psicoterapêutica e nutricional. Afinal, o que ingerimos está diretamente ligado à nossa saúde e, sem a mudança de hábitos, podemos não só engordar, mas também colocar nossa vida em risco.

Para mudar o cardápio, é preciso entender se o alimento é uma muleta emocional e acabar com a autoindulgência. Outro passo fundamental é evitar as tentações e trocar as besteiras da despensa por comidas saudáveis, como grãos integrais e farinhas boas, e abastecer a geladeira com carnes magras, frutas, verduras e legumes.

Cozinhar em vez de comprar comida também faz a diferença. Separar um dia da semana para preparar “marmitas” para os demais dias ajuda na organização e eficiência da dieta em uma rotina puxada.

Começar a colocar tudo isso em prática é o primeiro passo. Vamos nessa?

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