Ainda é considerado baixo o número de passageiros no transporte coletivo em Criciúma. Enquanto usuários reclamam do que seria uma lotação nas linhas em circulação, a Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU) conta os clientes para projeção de possíveis rotas futuras e grande parte do quadro de funcionários continua com o contrato suspenso, recebendo do poder público 70% dos vencimentos.
Na quarta-feira, passaram pelas catracas do transporte público 5.357 passageiros, um aumento em relação ao dia anterior. Pouco a pouco é contabilizando a subida no número de clientes, ainda considerado baixo pelo presidente da ACTU, Everton Trento.
"A gente sabia que o movimento inicial seria menor, mas vamos aguardar semana que vem. Nesta semana está muito baixo. A gente sabia que ia ser baixo, mas não tanto. Vamos aguardar e ver se na semana que vem o pessoal confia mais no sistema e retorna. Claro que tem estudantes que não estão com aula e empresas que ainda estão em férias", pondera Everton."Semana que vem entendemos que deve dar uma melhorada no movimento", projeta.
De acordo com Trento, entre 30 a 40% dos funcionários retornaram aos trabalhos com a liberação do transporte público a partir da última segunda-feira. Entre demissões, a contagem é de 4% do quadro de funcionários. O retorno foi maior entre os motoristas, já que apenas as linhas do amarelinho contam com cobradores para orientação dos passageiros. "O restante dos funcionários fica em stand-by, conforme aumenta a demanda, entram mais ônibus e retornam os colaboradores", aponta o presidente da ACTU.
"Algumas pessoas foram demitidas em função de idade, outros acharam que teriam que sair. Não chega a 4%. Na verdade estamos esperando os acontecimentos agora. Se a coisa evoluir e aumentar o volume. Se continuar baixo, aí pode ocorrer demissões. Acredito que volte ao normal. Por enquanto não falamos em demissões", continua Trento. "Não vamos mandar embora uma equipe treinada para chamar 30 dias depois. Como está tendo aumento por dia, acreditamos que não vai ter demissões", conclui.