A grande expectativa dos prefeitos que participam do XXII Marcha a Brasília era com relação ao plenária de abertura com a participação do Presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e dos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM). O que se esperava era anúncios mais contundentes com relação ao Pacto Federativo.
Em discurso, Jair Bolsonaro disse que nesta quarta-feira será anunciado detalhes do 13º salário do programa Bolsa Família e falou num aumento do percentual do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Vamos dividir o pouco que temos com o Pacto Federativo”, afirmou sem mais detalhes.
Na avaliação do segundo vice-presidente da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) e prefeito de Içara, Murialdo Canto Gastaldon (MDB), a fala do presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Glademir Aroldi, foi precisa, fazendo um mosaico do que é a administração municipal em todos as suas áreas. A importância do prefeito e sua equipe tem no desenvolvimento do município e as formas como os serviços são financiados. “Ele foi preciso a partir desse diagnostico, da carência dos financiamentos do Governo Federal”. Já o discurso do presidente da República, Murialdo acha que foi genérico. “Ele falou em Deus, falou das viagens que fez e fará, da importância da união, mas não falou dos programas que ele pretende lançar no seu Governo em relação aos municípios”, disse.
O prefeito de Cocal do Sul, Ademir Magagnin (PP), também analisou os discursos, onde segundo ele o presidente da CNM foi muito bem, focando o discurso na cobrança das reformas. “O discurso do presidente da CNM foi direto e enfático sobre aquilo que é preciso ser feito no Brasil”, sublinhou. Magagnin disse que os presidentes da Câmara e do Senado também entenderam o recado, que as reformas são necessárias. Já com relação ao discurso de Bolsonaro, acha que a fala foi no sentido de pedir apoio da população para realização das reformas para viabilizar mais discursos dos municípios.
No início da plenária, o presidente da CNM, Glademir Aroldi, fez um discurso cobrando o Pacto Federativo, pedindo foco no compromisso assumido no evento do ano passado, quando ainda era candidato. Lembrando que os percentuais investidos em saúde e educação, por parte dos municípios é muito maior, do que os valores obrigatórios por lei, de 15% e 25%, respectivamente. “Os recursos financeiros precisam chegar nos municípios”, discursou, referindo-se aos novos programas + Brasil, que devem ser anunciados. Falou do Fundeb, alertando que o programa encerra em 2020, e cobrou um novo fundo. A reforma da previdência também foi pauta do discurso, pedindo atenção especial para os agricultores.