O deputado federal Daniel Freitas (PSL) está trabalhando em um projeto de lei com o objetivo de desburocratizar todo o processo de adoção no Brasil. O PL já tramita no congresso nacional, e consta também com um subsídio para que os jovens que saiam das casas de acolhimento tenham acesso ao ensino superior.
"Hoje temos 40 mil famílias no Brasil que tem a intenção de adotar uma criança e apenas 4 mil crianças para serem adotadas, mas o processo é muito lento. Tem muito mais gente para querer adotar do que para ser adotado, mas mesmo assim é uma burocracia enorme e angustiante tanto para as crianças, quanto para os pais", declarou o deputado.
Atualmente, a faixa de idade de crianças mais requisitadas pelas famílias para o processo de adoção são de bebês entre um, dois e três anos de idade. Segundo Daniel, a partir dos quatro anos todo esse processo já começa a ser mais díficil. "Isso é por conta desse perfil, em que os pais colocam na cabeça de que querem adotar entre tantos anos", pontuou.
Ao atingirem a maioridade, com 18 anos, os jovens saem da casa de acolhimento e se deparam com mais uma realidade: o mercado de trabalho. "Eles chegam na maioria das vezes despreparados. Tenho um projeto de lei tramitando no congresso que via possibilitar o egresso dessas crianças na faculdade, em uma escola superior e um curso técnico, além de garantir moradia", disse.
Membro da frente parlamentar do congresso nacional que visa debates para a adoção, o deputado federal sugere que novas frentes sejam criadas em cada estado do Brasil, para que políticas estaduais para o assunto também sejam discutidas.