As abordagens aos moradores de rua em cidades da região continuam, principalmente à noite e pela semana gelada na região. Porém, na maioria dos municípios, há um problema em comum: a vontade destas pessoas em saírem das ruas. “Temos à disposição a Casa de Passagem de Criciúma, através da parceria entre as prefeituras, ainda contamos com escolas da cidade, só que tem uma resistência grande. É cultural, eles querem ficar na rua. Tem esta desconfiança. Uma preocupação que vamos levá-los para um local onde podem se sentir ameaçados. Recebemos muitos não. Eles querem ficar onde estão”, revela o secretário de Assistência Social de Içara, Eduardo Michels Zatta.
Ele diz ainda que, assim como Criciúma, Içara é uma passagem dos moradores de rua. “O que temos, acredito que por estarmos por uma área próxima da BR-101 é de passagem. Abordamos média de seis pessoas por dia com uma abordagem social, fizemos o atendimento humanizado, levamos cobertores, meias, máscaras, álcool gel através do Grupo CAD, que é uma parceria entre a Assistência Social, a Polícia Militar, a Defesa Civil, a Guarda Municipal e as secretarias de Saúde e Educação. Fizemos um planejamento na última semana que possibilitou a aquisição de 200 cobertores, 400 pares de meias, a realização de ronda e a entrega para as pessoas mais vulneráveis através dos CRAS”, finaliza Zatta.