A Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) teve reunião na manhã deste sábado, 21, em Criciúma, para definir as medidas tomadas pela região no combate ao coronavírus. De acordo com o presidente da Associação, Jaimir Comin, prefeito de Treviso, os 12 municípios alinharão as ações preventivas contra a pandemia.
"Hoje foi definido que as ações de prefeitos da Amrec serão tomadas em conjunto", disse Comin à reportagem da Rádio Som Maior. Ficou definido que as barreiras, um pedido de parte da população e que aconteceu em outros locais de Santa Catarina, não serão colocadas nos municípios da região, com exceção da praia do Rincão. "Em função de lá ter muitos turistas e muitas famílias que se deslocam para fazer churrasco", afirmou.
A assessoria de imprensa do Rincão afirmou que ainda não há barreiras no município ou na praia, mas que essa possibilidade foi levantada durante a reunião pois muitas pessoas estão frequentando a orla. Não há definição se haverá ou não barreiras; no momento, carros de som passam pelas ruas para orientação à população, conforme decidido em reunião com a Amrec.
"Todos os municípios colocarão carros de som, orientando as pessoas (que fiquem em casa). Vamos prolongar os tributos municipais e enviar um documento à Fecam e depois ao governo federal, sobre o toque de recolher, porque não temos o poder de tomar essa atitude", apontou o presidente da Associação.
Há a preocupação com relação ao pagamento de salários dos servidores municipais. Em Criciúma, o prefeito Clésio Salvaro (PSDB) confirmou o pagamento para este mês, programado para o último dia útil, seguindo o calendário. A Amrec solicitou verbas para equipamentos de saúde.
"Pedimos R$ 300 mil em equipamentos para combater o coronavírus. Muitos municípios já estão fabricando a máscara, o que vem a nos ajudar. Alguns produtos estão faltando, mas no conjunto iremos resolver e buscar alternativas", disse Comin.
As atividades de cerâmica e de cervão na passarão por adaptações. "A região está parando, o comércio e a indústria. A indústria que não parou, reduziu. Em relação ao carvão, os mineiros estão com medo de ir trabalhar. E a gente sabe que o carvão não pode parar, porque é segurança nacional e vai faltar energia. O estoque de Tubarão que nos dá energia tem pra um mês e meio. Aí faltará energia para hospitais, praças, casas, como fica? São questões que temos que discutir e claro respeitar os mineiros. Na cerâmica sei que há redução do quadro, uma empresa vai parar, então isso preocupa, a economia vai cair", concluiu o presidente da Amrec.