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O debate sobre rompimento de barragens veio à tona no cotidiano nacional após o rompimento em Brumadinho e Mariana, que causou centenas de mortes (19 em Mariana e mais de 250 em Brumadinho). Um relatório da Agência Nacional de Água (ANA), lançado em janeiro deste ano, apontou que 45 barragens no Brasil apresentam alto risco de rompimento.
Em Santa Catarina, o governo estadual determinou que as normas de segurança fossem revistas após a segunda tragédia nacional. Os estudos já foram concluídos; segundo o superintendente regional da Casan, Gilberto Benedet, a Barragem do Rio São Bento, que abastece Criciúma e região, é considerada segura e apresenta risco médio de risco.
"Existem vários tipos de barragens: a de rejeito de minério (como as de Mariana e Brumadinho) é diferente da Barragem do Rio São Bento. A do Rio São Bento foi construída em concreto armado, existe a contenção do lago. Seis técnicos e um engenheiro fazem os acompanhamentos necessários à segurança da estrutura, é um acompanhamento 24 horas. Ela é classificada como grau médio de risco. É uma barragem segura, temos um plano de emergência e contingência da barragem que está sendo reanalisado neste ano, a fim de que a gente tenha os meios necessários a garantir que nada ocorra aqui na região".
Esse estudo feito pela Casan, referente à segurança e plano de fuga em caso de uma tragédia, deve ser concluído no ano que vem. "A operação hoje já é feita em todos os ensaios necessários", assegura Gilberto. O plano vigente foi elaborado junto à construção da barragem, mas está sendo revisto. "A gente agora tá pavimentando vias de acesso ao Rio São Bento para facilitar o deslocamento dos moradores locais caso haja necessidade de evacuação. Vamos ver no que é necessário se atualizar, aí vamos contratar as execuções necessárias para garantir que, caso haja uma catástrofe, a gente evite o máximo possível o dano causado", concluiu Gilberto.
