Equipes da Casan trabalham desde as primeiras horas desta terça-feira, 30, para descobrir as causas de um vazamento que poderá deixar a região da Quarta Linha sem água nas próximas horas. "Temos duas equipes procurando um possível vazamento oculto, e outra equipe eletromecânica trabalhando para ver a parte mecãnica da rede. Mas temos risco sim de desabastecimento nas próximas horas na Quarta Linha", reconhece o engenheiro Jaison Speck, chefe da Agência da Casan em Criciúma.
"Notamos que o reservatório amanheceu vazio, e como o consumo vai se elevando ao longo do dia, é um problema", observa. "Já temos um indício de que possa ser um ponto onde está vazando água. Essas coisas acontecem apesar de os equipamentos e as redes estarem em manutenção constante", detalha. "Advertimos as pessoas que poupem água na Quarta Linha pois se a gente não conseguir, ao longo do dia, localizar o ponto real desse vazamento, realmente teremos problemas", emenda.
Speck lembra que a região da Quarta Linha está com várias obras de pavimentação de ruas em andamento, o que pode ocasionar pequenos vazamentos. "Volta e meia eles nos avisam sobre rompimentos", confirma.
Na Próspera, resolvido
O vazamento que ocorreu ao longo desta segunda-feira na região da Próspera está contornado. "Por volta das 18h30min terminamos a parte da obra de tubulação e religamos a bomba. Pelas 22h terminamos de cobrir a parte escavada e limpar o trecho", refere, citando a ocorrência na Rua Pernambuco, perto da Praça da Chaminé.
Nesse momento, o reservatório principal que serve à Próspera está com 55% da capacidade, enquanto os demais, de menor porte, contam com 100% de água. "É possível que, por volta das 20h de hoje esses reservatórios baixem bastante até que o bombeamento esteja pleno de novo, mas água não vai faltar", garante o engenheiro.
Sobre as causas do vazamento, Speck informa que a Casan segue investigando. "Trata-se de uma adutora de 300mm, ela vai do Centro até os reservatórios da Próspera. Recentemente, perto do local do rompimento, passaram uns cabos de energia e uma drenagem, que não tiveram aterro condizente, podem ter usado pirita e pela movimentação da obra a pirita se aproximou da adutora de ferro e pode ter ocasionado o rompimento. Foi um furo, uma corrosão. Mas isso é uma hipótese, estamos apurando", conta. "Toda a nossa rede é protegida. Eram pequenos furos, a vazão não foi grande, mas com a alta pressão acaba vazando com força", completa.