O Serviço Aeropolicial da região (Saer) da Polícia Civil fez um flagrante de crime ambiental nesta quinta-feira, 3. Ao sobrevoar o Bairro Mina do Mato, os policiais notaram uma movimentação estranha às margens de um rio. Depois, perceberam que se tratava de um descarte irregular de dejetos no Rio Sangão, por parte de uma empresa.
"Ao notar isso, acionamos de imediato a fiscalização ambiental da Famcri e o IGP, que foram ao local e fizeram o flagrante", informou o delegado do Saer, Gilberto Mondini, em entrevista ao programa Ponto Final, na Rádio Som Maior. "Agora, serão feitos exames laboratoriais na substância, eles apanharam uma mostra, para descobrir o que exatamente estava sendo despejado no rio", contou.
Com os resultados de laboratório, serão feitos o relatório ambiental e o laudo pericial, e o responsável pela empresa será intimado para dar explicações. Ele está sujeito a multas e condenação a reparar o rio degradado. A investigação é assumida pela Polícia Civil a partir de agora.
"Foi grande esse estrago. De cima, era algo que chamava e bastante a atenção. O Saer geralmente, nas operações que faz, observa esse tipo de situação. Fazemos fotos, filmagens, encaminhados para a Famcri e Polícia Civil", relatou o delegado Mondini. Ele confirmou que, nos últimos meses, tem havido um acréscimo significativo no número de crimes ambientais durante voos. "Agora eles vão checar qual era o produto, mas com certeza coisa boa não era", comentou. "Era algo de uma coloração muito diferente da água do rio, parecia leite de tão branco que estava. Era um duto que saía da empresa, percorria um córrego e desembocava norio. Já presenciamos coisas parecidas envolvendo outras empresas, e essa se assemelha a outros casos", detalhou Mondini.