Salvaro solicita colaboração da população para enfrentar o coronavírus 

"Estamos dispostos a ir para o enfrentamento mas precisamos da colaboração de todos", afirmou o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, em entrevista coletiva nas redes sociais em um balanço sobre o coronavírus e as ações realizadas pela prefeitura e órgãos da cidade. Atualmente, a região conta com 57 casos suspeitos, sendo que 11 deles já foram descartados. Desses 57 casos, 50 são só de Criciúma. Hoje o município não confirma nenhum caso do coronavírus.  

O principal foco da live foi a de conscientização, informando a população sobre as medidas adotadas. As fake news também tem sido um empecilho para a disseminação de informações corretas sobre o coronavírus. "Vivemos em um momento muito difícil. Nunca vivemos algo do tipo, então pedimos sinceridade das pessoas. Sejamos justos", afirmou. 

Medidas drásticas 

A partir de amanhã a cidade não contará com linhas de ônibus. Creches e escolas também estão com atividades suspensas. Padarias vão funcionar, mas o prefeito indica a consciência da população. "Vá ao estabelecimento, compre o pão e volte para a casa", comentou Salvaro. 

O coronavírus conta com níveis de alerta e, conforme o prefeito, as ações de Criciúma correspondem ao nível 3, o máximo. "Estamos trabalhando como se já tivesse um caso confirmado, portanto as medidas todas são para prevenir isso, caso amanhã confirma um caso, nós podemos agir com segurança, vamos estar preparados", enfatizou o prefeito. 

Procon irá atuar junto à Acats

O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de Criciúma (Procon) de Criciúma e a regional da Associação Catarinense de Supermercados (Acats) estão trabalhando juntos para garantir a estabilidade dos supermercados e mercados da cidade. 
"Estamos todos engajados para que a população faça uso das nossa lojas respeitando as determinações do Estado, sem aglomerações", comentou o vice-presidente da regional Sul da Acats, Nazareno Dornelles.

O Procon também liberou para que as redes de supermercados possam limitar os produtos que mais estão sendo vendidos. "O perigo de aumentar o preço a população não vai correr. Os fornecedores que aumentarem os preços para os supermercados, serão excluídos dessas compras", colocou o coordenador do Procon de Criciúma, Gustavo Colle. 

Trabalho da PM 

O propósito das determinações do decreto é de que não ocorram tumultos e que as pessoas se aglomerem. Desde hoje pela manhã, a PM esteve realizando visitas aos comércios para que repassasem as informações do decreto publicado pelo governador Carlos Moisés da Silva. "Hoje é um dia de bom senso, amanhã na prática se algum estabelecimento desobedecer será notificado, e caso de reincidência, será interditado", colocou o tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade. 

O tentente-coronel ainda realizará ações com a população para prevenir que a doença se propague. "As pessoas que têm a ciência que os moradores e vizinhos que estão de quarentena e observarem que eles não estão respeitando as restrições, podem ser denunciados nos telefones de emergencia 190, para que a gente possa junto com as demais forças de saúde e assistência social para dar apoio que essa pessoa retorne para a sua casa", afirmou. 

Trabalho da indústria 

Algumas indústrias continuarão atuando, como as cerâmicas. As empresas de construção civil também não apresentam restrições e medidas para a suspensão de acordo com o decreto. Apesar de não ser confirmado pelo prefeito, as minas irão continuar atuando normalmente, já que se caracterizam como indústrias essenciais por produzirem energia. 

Celeridade

Conforme o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, foi solicitado para que o Laboratório Central (Lacen) agilize o resultado dos exames. "Tivemos uma situação nessa madrugada em que tivemos a coleta e não tinha o kit. Hoje mesmo nosso carro foi e trouxe 200 kits. Acredito que até sábado está garantido", colocou. 

Contagio

O diretor do Hospital São José, Raphael Elias, explicou que uma pessoa portadora de gripe transmite para outra 1,5. Já o corona é uma para 2,7. "As ações que estão sendo tomadas são para que o sistema de saúde é dê conta de todas as medidas,  para em vez de transmitir para 2,7, passar para 1,5 ou até ter dados surpreendente de menos", comentou.