Alinhada ao programa nacional de imunização do Governo Federal, Santa Catarina já está preparada para receber a vacina contra o novo coronavírus. O anúncio dado pelo Instituto Butantan nesta quinta-feira, 7, de que a Coronavac conta com 100% de eficácia em quadros graves e moderados da doença, aumentou ainda mais o anseio pela vacinação. Ainda sim, enquanto aguarda o plano nacional, o estado catarinense projeta um grande aumento de casos da Covid-19 no mês de janeiro.
“Se tem um intervalo de pelo menos 15 dias entre um entre um evento e a manifestação e consequência desse evento, foi assim nos feriados de 12 de outubro e 2 de novembro. Esperamos um impacto maior a partir da segunda quinzena de janeiro”, destacou o secretário de Saúde André Motta Ribeiro, ressaltando o período de festas que vem gerando aglomerações no estado.
O secretário ainda ressalta notícias “esperançosas” por parte do Governo Federal em relação ao combate à pandemia. Uma delas, é a divulgação de uma medida provisória que autoriza os gestores públicos a elaborarem licitações para aquisição de insumos para a vacinação. A outra, o anúncio da compra de 46 milhões de doses da Coronavac do Butantan.
“Estamos absolutamente alinhados ao Governo Federal no programa de imunização. O estado está preparado para iniciar imediatamente a campanha, e esperamos que isso aconteça em breve”, pontuou André.
O Programa Nacional de Imunização está previsto para acontecer em quatro fases. Na primeira, serão mais de 430 mil doses para pessoas de mais idade e profissionais da saúde. Já a segunda engloba pessoas com idade superior aos 65 anos, comorbidades, e assim por diante.
Segundo André, a ideia é de que nessas quatro fases de vacinação seja possível imunizar mais de 2 milhões de habitantes no estado, praticamente ⅓ da população catarinense. Ainda sim, o secretário ressalta que a Covid-19 deve continuar presente entre nós ao longo deste ano, e que as medidas de segurança pessoais precisam ser continuadas.
“Mesmo com a chegada da vacina, essa é uma doença infecto contagiosa. São pessoas contaminando pessoas, e tudo que propomos desde abril do ano passado continua sendo válido: uso de máscaras, distanciamento, limpeza de mesas. A vacina demora um tempo para imunizar as pessoas, e continuaremos no ano de 2021 ainda sob o ataque do coronavírus”, declarou.