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A Secretaria Municipal de Saúde está investigando a morte de duas crianças por contaminação de água em Criciúma. O assunto veio à tona nesta semana, após a circulação de áudios que falam da possível presença de uma bactéria no líquido.
"Tem uma amiga minha que trabalha em um apartamento aqui no prédio. Ela trabalha no residencial Mina União e disse que morreram duas crianças, uma de três e outra de quatro anos. O laudo que saiu do médico é uma bactéria na água. Aí, a Vigilância Epidemiológica da prefeitura bateu ontem lá, trocaram todas as águas, pegou amostra das 30 caixas d'água que tem", diz parte de um dos áudios.
Conforme o secretário municipal de Saúde, Arleu da Silveira, a vigilâncias Epidemiológica e a Sanitária estiveram no local para coletar amostras. "Eles me passaram que realmente havia duas caixas d'água do tipo cisterna enterradas, encontraram vários materiais de animais, fezes de rato e de cachorro ao entorno, encontraram uma barra de ferro dentro da caixa d 'água, que pode ter causado contaminação", conta. O condomínio em questão foi notificado para fazer a higienização dos equipamentos.
As amostras analisadas pelos laboratórios de Criciúma e de Florianópolis não indicaram qualquer relação com a presença de bactérias ou com meningite. "Águas vieram com medidas satisfatórias, ou seja, tinha condições de tomar a água, mesmo com tudo isso ter acontecido ao em torno", ressalta Silveira.
Agora, a pasta aguarda a contraprova e o relatório final das análises feitas pelo Laboratório Central de Florianópolis. "Cada um tem que fazer a sua parte. Para o Poder Público, é humanamente impossível estar em todos os condomínios fazendo a vistoria. Acredito que todos somos esclarecidos para identificar o problema", orienta o secretário.
O que diz a Casan
Outro áudio que circulou nas redes sociais menciona a Companhia Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). “Rapaziada, boa tarde! Quem tiver criança pequena ou até idoso em casa. Um dossiê para evitar a água da torneira que deu problema na Casan de Criciúma. Tá dando bactéria no cérebro”, diz a gravação.
Segundo o superintendente regional da Companhia, Gilberto Benedet Júnior, a informação desse áudio é falsa. "Estamos investigando nesse Jardim União, que foi onde surgiu a denúncia, a qualidade e o que eles estão consumindo lá, para que a gente tenha o contraponto técnico da Casan", informa.
De acordo com Benedet, a barragem que abastece a região é controlada e não oferece nenhum risco de contaminação. “Se tivemos um caso assim, por que de 400 mil pessoas só duas pegaram? Por que seria a água distribuída pela Casan? Que tem um grande controle de qualidade que é feito a cada hora, com profissionais que trabalham 24h para garantir que o abastecimento seja feito da melhor forma possível, com a maior qualidade possível”, esclarece.
