"Se querem fazer média política, que façam no ano que vem"

Faltou um voto para que a Câmara de Forquilhinha aprovasse, ontem à noite, projeto que visava impedir vereadores de assumir cargos comissionados na gestão pública em nível municipal, estadual ou nacional. "Esse projeto não foi discutido com a gente, foi de última hora na Câmara. Não era hora de colocar esse projeto, tenho dois vereadores que são secretários. E essa lei é inconstitucional", comentou o prefeito Dimas Kammer (PP), repercutindo o fato hoje em entrevista à Rádio Som Maior.

Kammer aproveitou o episódio para fazer uma crítica política ao projeto, que teve cinco votos favoráveis - precisava de seis, dois terços da Casa, por se tratar de alteração na Lei Orgânica - e três contrários, com uma abstenção. "De repente, se for bem discutido, e para o próximo mandato, que queiram fazer uma média política, que façam ano que vem, perto da eleição. Daí fazem a média política deles", disparou. "Não adianta fazer uma lei de baixo para cima. Quem bom que não passou, o projeto foi rejeitado na Câmara e não vamos ter maiores problemas", concluiu.

Rodovia Jacob Westrup

O prefeito comentou, ainda, sobre a reunião realizada nesta segunda-feira na Amrec, para tratar da proposta do Deinfra de municipalizar a gestão de rodovias, com amparo do Estado. "Se eles mandarem o dinheiro suficiente para fazer a manutenção eu não vejo problema, a gente faz. Mas tem que vir o dinheiro, tem que ficar bem claro", afirmou.

Indagado sobre a Rodovia Jacob Westrup, com seus oito quilômetros de chão batido entre Forquilhinha e Maracajá, Kammer ainda demonstrou otimismo, embora a demora para a continuidade dos serviços. "Esperança é a última que morre. A gente vem trabalhando forte em cima disso", defendeu.

"A primeira oportunidade que a gente teve de falar com o governador em Criciúma entregamos ofício para ele. Na semana seguinte fomos com os prefeitos de Maracajá e Nova Veneza e levamos o projeto original para o secretário de Infraestrutura", lembrou. "Ligação importante para o escoamento da produção agrícola e para o turismo. Só faltam oito quilômetros para concluir o trecho. Eu confio e acho que vai. Nós não vamos desistir", arrematou.

Ouça a entrevista na íntegra no podcast.