O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC) não viu avanços nas negociações com o Governo do Estado ocorridas na manhã desta terça-feira (23), primeiro dia de greve da categoria. Os dirigentes sindicais tiveram uma reunião com o secretário de Estado da Administração, Vânio Boing. O Sinte informou que os trabalhadores permanecerão em greve "até que seja apresentada uma proposta sólida".
Na ocasião, segundo o Sinte, o secretário pediu 60 dias para apresentar uma proposta.
Ainda de acordo com o sindicato, cerca de 30% dos trabalhadores do magistério catarinense aderiram à greve.
Entre as cobranças feitas, está a aplicação do reajuste do piso nacional em toda a tabela, a descompactação da carreira (isso é, salários melhores para os professores com mais formação e tempo de serviço), realização de concurso público e revogação do desconto de 14% aplicado aos aposentados desde 2022.
"Diálogo constante"
A Secretaria de Estado da Administração (SEA) informou que mantém "diálogo constante com a categoria para evitar que os estudantes e as famílias catarinenses sejam prejudicados".
A pasta lembrou que, em 2023, o governador Jorginho Mello (PL) anunciou um pacote de ações que incluem aumento do vale-alimentação, o fim gradual da cobrança dos 14% para professores aposentados e o maior concurso da história da SED, que prevê a admissão de 10 mil novos servidores efetivos e cujo edital será lançado no primeiro semestre de 2024.