O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, confirmou em reunião com prefeitos e autoridades nesta quinta-feira, 14, que a vacinação contra a Covid-19 poderá ser iniciada em todo o Brasil na próxima quarta. A imunização ainda depende da aprovação emergencial de aplicação por parte da Anvisa e, de acordo com o presidente da Unimed de Criciúma, Leandro Avany Nunes, será exclusiva ao Sistema Único de Saúde (SUS) em um primeiro momento.
Leandro afirma que as empresas e operadoras de plano de Saúde tentaram junto ao Governo Federal uma liberação para a compra e distribuição da vacina. “As empresas fizeram, via Federação das Indústrias do Estado de São Paulo [Fiesp] uma oferta de que, a cada trabalhador vacinado, fosse doado uma dose da vacina para o SUS”, contou.
Ainda sim, o Governo Federal entendeu em um primeiro momento que a possibilidade de aquisição de doses da vacina contra a Covid-19 por parte do sistema privado não seria viável, e que primeiramente é preciso garantir a disponibilidade de compra para imunização por parte do sistema público.
“Seria muito bom se a gente pudesse fazer uma aquisição direta das vacinas, e a Unimed pudesse comprar suas 85 mil doses da vacina para vacinar seus clientes e ajudar o sistema público na vacinação, mas como há uma escassez de vacina e uma série de pendências em escolha logística e distribuição, isso ainda não foi permitido”, destacou.
Sendo assim, o sistema privado não poderá comprar e nem aplicar a vacina contra o coronavírus em um primeiro momento. A expectativa é de que, assim que comece a chegar uma grande quantidade de doses e haja disponibilidade o suficiente, possa ser feita a distribuição através do sistema privado.
Os profissionais de saúde do sistema privado, no entanto, também estão incluídos na primeira fase de prioridades da vacinação. Sendo assim, trabalhadores da Unimed e de qualquer outra entidade particular de saúde serão vacinados. Segundo Leandro, a imunização de médicos, enfermeiros e demais trabalhadores da área não é um privilégio, mas uma garantia de segurança.
“É bom que fique claro para que não pareça que seja um privilégio tomarmos a vacina, é uma necessidade para manter o sistema funcionando. Em vários momentos perdemos 20%, às vezes 30% dos funcionários no combate a Covid-19 nesse período em que a enfrentamos”, ressaltou.