A Rádio Eldorado tem sua programação normal, ao vivo, até meia noite. Mas por volta de 1h15min a emissora retomou suas transmissões para, em esquema de plantão, colocar aos seus ouvintes as informações sobre a madrugada tensa em Criciúma. Até que ameaças por telefone fizeram a cobertura ser suspensa.
"Começaram a telefonar ameaçando, pois estávamos descrevendo a situação, colocando os ouvintes no ar, eles diziam para onde ocorria a fuga dos bandidos, inclusive relatos de pessoas da área central. O colega Dante Bragatto Neto estava no estúdio, os telefones e mensagens de WhatsApp questionando o fato de estarmos passando algumas informações", contou o jornalista João Paulo Messer, diretor da Rádio Eldorado, em entrevista ao Programa Adelor Lessa. "Se a emissora não parasse, seria explodida, era a ameaça deles. A orientação da PM, até ali a gente não tinha informações se isso se tratava de uma brincadeira ou um fato real, daí decidiu-se tirar a emissora do ar", afirmou.
Messer contou que as ameaças tomaram um tom mais sério quando um carro suspeito foi visto rondando a sede da emissora. "Em torno da emissora, próximo ao terminal da Próspera, um veículo preto, semelhante àqueles que estavam na área central, começou a dar voltas em torno da rádio. Os funcionários ficaram dentro da emissora até três horas da madrugada, e nós estamos muito próximos do quartel da PM", lembrou.