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Somente em 2020, 26 casos de feminicídio em Santa Catarina

PM Regiane Miranda, de Forquilhinha foi vítima de feminicídio pelo marido nesta segunda-feira

Por Vitor Netto Criciúma - SC, 14/07/2020 - 08:59 Atualizado em 14/07/2020 - 10:29
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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Um triste caso de feminicídio ocorreu na manhã desta segunda-feira, 13, em Forquilhinha. O marido da PM Regiane Miranda tirou a vida da companheira e depois cometeu suicídio. Por mais trágico que o caso seja, acende novamente um alerta na população sobre os casos de feminicídio em todo o estado. Só neste ano, já foram registrados 26 casos em Santa Catarina. 

Em 2017, Santa Catarina registrou 27 casos de feminicídio. Em 2018 o número baixou, registrando 20. Já em 2019 o número voltou a subir, chegando a 34 registros. Em 2020 o número já assusta, sendo que até julho já foram registrados 26 casos.  

Em Criciúma, o ano de 2019 contou com dois casos de feminício consumados e dois tentados. Neste ano, já foi registrado um feminicídio tentado e nenhuma vítima fatal. 

Conforme o delegado da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de Criciúma, Fernando Guzzi, os números de casos e denúncia vêm diminuindo. "Em ambos os casos houve uma diminiução, tanto no feminicídio como nos outros casos, mas nós estamos alertas para os casos de subnotificações", explicou o delegado ao programa Adelor Lessa na manhã desta terça-feira, 14. 

Os casos de subnotificações, apontado por Guzzi, são aqueles que ocorrem sem que a Polícia tenha conhecimento. "Hoje temos bastante canais de denúncias e o estado investe nessas questões subnotificação, para que os casos cheguem no conhecimento da polícia", comenta. 

Para o delegado, não se deve falar somente nas penas aos homens, mas também na assistência às mulheres que sofreram o crime. "Embora a gente esteja falando sobre a atuação penal, não é importante falar estritamente na pena. A pena é severa, claro, e a gente busca a prisão imediata, mas também temos um setor de psicologia na DPCAMI para dar atendimento às mulheres, achar a origem do problema, e prevenir que o crime não se torne um ciclo", enfatiza. 

Criciúma conta com órgãos especializados no atendimento, como um local imediato para receber as mulheres que sofreram os crimes. "Claro que o certo não seria tirar a mulher da casa e sim afastar o homem. Mas tem casos que elas precisam sair para não sofrerem mais com isso", complementa Guzzi. 

Tags: feminicídio

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