O prefeito Clésio Salvaro assinou um decreto que revoga o feriado da próxima segunda-feira, 28, dia do servidor público. O decreto foi publicado nesta quarta-feira, 23, cinco dias antes do feriado que já estava estabelecido desde fevereiro deste ano.
A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma e Região (Siserp), Jucelia Vargas, afirma que os trabalhadores se encontram indignados com esta situação, dizendo que houve um descumprimento do artigo que rege o dia do servidor público por parte da prefeitura. “A minha primeira posição é de indignação. Como você faz um decreto que revoga algo baseado em um artigo do Estatuto, algo que já havia sido estabelecido desde o começo do ano? O prefeito está descumprindo este artigo”, ressaltou.
Jucelia destaca também a situação de servidores que já haviam marcado compromissos para a data, com compra de passagens ou eventos. “As pessoas sabiam que nesse dia não iriam trabalhar, compram passagens, marcam viagens e eventos e alguns dias antes o prefeito faz outro decreto, conforme a sua cabeça, e revoga isso? Como ficará a situação dessas pessoas, elas serão ressarcidas?”, questionou a presidente da Siserp.
Segundo o secretário Geral do governo municipal, Vagner Espíndola Rodrigues, o decreto de revogação já deveria ter sido emitido no início do ano mas, por uma falta de atenção, acabou passando e constando no calendário de feriados do município. “O dia do servidor público é comemorado e reconhecido, mas não é um feriado nacional. Para a surpresa do prefeito, quando foi feito o decreto no início do ano, não se ateve à este dia. Foi depois que os municípios de Lauro Muller e Siderópolis decretaram que seria um dia normal que o governo, juntamente com os secretários, decidiu revogar o dia do servidor público, mas sempre reconhecendo-os”, afirmou Vagner.
O secretário comentou ainda que os servidores que já haviam comprado passagens, ou marcado suas viagens para o dia, não deverão ser prejudicados - algo que uma conversa deve resolver. “Em casos que os servidores já haviam arcado com despesas para o dia, não há grandes problemas, basta conversar com os seus secretários e explicar a situação. O que a gente menos quer, é causar problemas”, conclui Vagner.