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Terceira dose pode retardar combate à pandemia, alerta especialista

Em entrevista ao Estado de São Paulo, diretor do Covax Facility destaca importância de imunização homogênea no mundo

Por Heitor Araujo 05/09/2021 - 08:11
Foto: Divulgação
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Em entrevista ao jornal Estadão, o diretor de Engajamento com os Países do Covax Facility, Santiago Cornejo, fez um alerta sobre a aplicação da terceira dose da vacinação em alguns países, como acontece no Brasil. A lógica apontada pelo especialista é que todo os países precisam atingir patamares altos de população vacinada para evitar novos avanços da pandemia.

"A prioridade máxima do mundo deveria ser garantir que cada país tenha vacinas suficientes para cumprir o esquema vacinal atual, e é isso que defendemos. É isso que vai permitir evitar internações. Assim que tivermos mais suprimentos, assim que alcançarmos essa cobertura mínima em todos os países, poderemos ver como aumentar a proteção com doses extras. Se os países começarem a usar os escassos suprimentos para aplicar uma terceira dose agora, a disponibilidade de vacinas ficará ainda mais limitada", disse Cornejo ao Estado de São Paulo.

"Sempre dizemos que precisamos vacinar muito no mundo inteiro. Não podemos ter bolsões de pessoas não vacinadas. Não vai ser apenas um país ou uma região que irá derrotar essa pandemia. Isso é impossível, o mundo de hoje é conectado, as pessoas se movimentam. Precisamos de uma solução global", completou.

Em Santa Catarina, a estimativa é de que 50% da população adulta esteja com a imunização completa - ou seja, com as duas doses aplicadas - ainda em setembro. O Estado liberou a terceira dose, considerada de reforço, para as pessoas acima de 70 anos, consideradas de maior risco.

Segundo dados levantados pela reportagem do Estadão, em todo o mundo, já foram aplicadas 5,4 bilhões de doses; cerca de 40% da população mundial já recebeu ao menos a primeira dose contra a Covid-9. No entanto, em países de baixa renda, esse percentual chega a cair para 1,8%. 

Para Cornejo, as pesquisas sobre os efeitos da vacina, que incluem entender ou não a eficiência de uma dose de reforço no combate à pandemia, continua sendo essencial. "Este é um tema muito importante. É fundamental que continuemos as pesquisas para desenvolver nosso conhecimento sobre as vacinas e sobre essa doença. E, cientificamente, o que sabemos até agora é que a vacinação completa protege o suficiente até mesmo contra as variantes, como a delta, evitando internações graves e mortes", apontou.

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