Longe de ser um dos municípios mais populosos de Santa Catarina, Braço do Norte é o terceiro com mais casos confirmados de coronavírus no Estado, atrás apenas da capital Florianópolis e de Itajaí. A prefeitura afirma que uma festa realizada na cidade, com a presença de uma pessoa contaminada, ajudou no disparo rápido de exames positivos do Covid-19: atualmente, são nove pessoas infectadas.
O prefeito de Braço do Norte, Roberto Kuerten, lembra que o primeiro caso no município é de uma pessoa que esteve no exterior e trouxe o vírus. A festa social teria sido, sim o segundo fator que desencadeou o surto na cidade.
"O início, do primeiro paciente, trata-se de um viajante. Aí iniciou essa propagação. Houve sim a sequência oriunda dessa festa. Não podemos julgar, ninguém sabia que ia passar por isso, mas é sim o segundo motivo", aponta.
A prefeitura realizou na segunda-feira a desinfecção das ruas e mantêm em vigor as medidas restritivas, em acordo com o decreto estadual. Roberto Kuerten lembra que a suspensão de aulas e redução das atividades nas indústrias, por exemplo, foram decretadas antes do governo do Estado.
"Estamos preocupados no combate ao vírus, que já é uma realidade. Tomamos várias medidas administrativas, seguindo o decreto do governo do estado, inclusive muitas vezes nos antecipamos, como a paralisação das aulas. Limitamos os números de pessoas nos supermercados, determinado no máximo 20 pessoas, independentemente no tamanho", lembra o prefeito.
O comércio permanece fechado e a fiscalização permanente. O início da vacinação contra o Influenza teve profissionais da saúde indo até a casa dos idosos para a aplicação. Nesta quarta-feira começou a atividade do centro de triagem no município, que atenderá os quadros gripais, liberando as unidades de saúde para o restante dos serviços.
"Braço do Norte continuará com essa linha de conduta. Infelizmente, não sou favorável ao depoimento do nosso presidente da república. Continuaremos tratando a questão de forma muito séria, de acordo com as recomendações da OMS. Sabemos o que acontece na Itália. Aqui podemos pecar pelo excesso mas não pela omissão", concluiu.