Trabalhadores da unidade da JBS de Nova Veneza reclamam que a empresa retirou um Equipamento de Proteção Individual (EPI) de cerca de 150 trabalhadores de um setor na semana passada.
O avental, um protetor de plástico é utilizado pelos trabalhadores na linha de produção. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Criciúma e Região (Sintiacr), Jeovanio Eler, diz que a empresa alega que resíduos deste material foi encontrado no produto final, o que ele não acredita. “Para nós ficou claro que é redução de custo. Eles alegaram que ia no produto, resíduos de plástico, mas não tem nada a ver. Se fosse isso não tinham dado um equipamento que vai no braço e que é do mesmo produto”, alega.
Entre as reclamações, conforme a empresa, uma veio do Japão, cliente final que informou ter encontrado pedaços de plástico em um lote de frangos de exportação. Eler diz que devido a retirada do EPI, os trabalhadores acabam tendo que trabalhar molhados durante todo o turno. “Estamos tentando uma reunião com o gerente da empresa, não tivemos êxito nenhum. Apresentamos provas que os trabalhadores estão trabalhando molhados”, salienta.
O presidente analisa que o setor frigorífico segue com foco de crescente de contaminação pela Covid 19 e, os EPIs são um dos itens essenciais para prevenir o agravamento dos casos. A funcionária da unidade e diretora do Sindicato, Gisele Adão, também reclama da fala do EPI. “Agora nós trabalhadores teremos que realizar os serviços com a camisa úmida e muitas vezes molhada, piorando ainda mais as condições de trabalho e colocando em risco a nossa saúde", fala.
Conforme ela, o avental é fundamental, junto aos demais equipamentos de proteção, já que os funcionários exercem as atividades em locais de trabalho de temperaturas baixas.
Posicionamento da empresa
Através de nota, a JBS ressalta que os uniformes utilizados em suas unidades seguem todas as regras. “A JBS esclarece que os uniformes utilizados em suas unidades seguem as mais rígidas regras de biosseguridade e normas de saúde e segurança estabelecidas pela Norma Regulamentadora 36 (NR-36)”, salienta.