Trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Criciúma e Araranguá poderão entrar em greve já na próxima semana. Os funcionários do serviço reclamam da falta de pagamento do 13º salário e, também da falta de materiais e condições precárias para o trabalho.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e região (Sindisaúde), Cleber Ricardo da Silva Cândido, o prazo para pagamento do 13º se encerra nesta sexta-feira, 18. Caso não seja efetuado, haverá uma mobilização por parte dos trabalhadores e uma possível greve.
“O problema é na OZZ, a empresa que administra o Samu em toda Santa Catarina e cuida da central de distribuição do Samu. A justificativa deles é o déficit no contrato com o Estado, mas recentemente eles renovaram o contrato com um reajuste e também assumiram o sistema aéreo de emergência em SC. É meio contraditório essa discussão de déficit enquanto os contratos são renovados”, disse Cleber.
O presidente do Sindicato destaca ainda que já faz três anos que os trabalhadores do Samu não contam com reajuste salarial. As condições de trabalho também é outro ponto ressaltado por Cleber, que afirma que faltam materiais para a execução do serviço.
“Faltam materiais para trabalho, como seringas, luvas e equipamentos de proteção individual [EPI’S]. Temos até mesmo problemas na própria unidade móvel, que volta e meia estraga ou fica com algum problema e não temos crédito para arrumar”, destacou.
Os trabalhadores seguem no aguardo de uma resposta da OZZ e do eventual pagamento do décimo terceiro salário.