"Com essa proposta, cada trabalhador vai perder em média R$ 500 nos seus salários". Assim, o diretor de Política Sindical do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios e Telégrafos em Santa Catarina (Sintect), Samuel de Mattos, resume o grau de insatisfação da categoria, que está na iminência de uma greve em nível nacional. Os rumos do movimento em Santa Catarina serão debatidos a partir das 20h desta quarta-feira em uma assembleia em Florianópolis.
"Hoje uma reunião da Federação Nacional no fim da tarde, eles vão nos passar a conclusão para então debatermos na assembleia. Estamos aguardando esse posicionamento", explica Samuel. "Não tem acordo com essa proposta feita pela empresa, que na prática é uma redução sim. A questão é se vamos entrar em greve de imediato ou se vamos aguardar mais um pouco", sinaliza o sindicalista. O índice reajuste proposto pelos Correios é de 0,8%. "Uma proposta que fica longe da inflação, além de uma série de retirada de direitos da categoria", enfatiza.
Entre as alterações propostas pelos correios está a exclusão de pais como dependentes no plano de saúde dos funcionários e o acréscimo nas coparticipações do plano. O indicativo de greve foi apresentado ao presidente da empresa, Floriano Peixoto, na última segunda-feira, 29. Outra pauta atacada pela categoria é a intenção já explanada pelo presidente Jair Bolsonaro, de privatizar os Correios.