Os ventos de quinta-feira trouxeram inúmeros danos ao Sul de Santa Catarina. Um deles, e talvez o maior, foi registrado em Balneário Gaivota, na Mailing Lagoa. Toda a estrutura da casa de shows veio ao chão com a força do vendaval. Agora, os proprietários planejam o futuro do local. No Extremo Sul (Amesc), ocorrências como quedas de árvores e detalhamento de casas também foram registrados.
“Primeira coisa, é agradecer a Deus porque não foi em dia de evento. Poderia ter acontecido uma tragédia muito maior. Foi uma tragédia financeira que, logicamente, vindo dessa pandemia, não é nada bom para a gente que é dono da casa. Vai ser mais uma batalha para continuar as coisas. Mas, com certeza, vamos dar a volta por cima”, comenta Joelson Mendes, o Xororó, um dos sócios da Mailing.
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Os vídeos e fotos do local tomaram as redes sociais já na tarde de quinta-feira. “A lona tinha seguro, mas ela é 10% do prejuízo financeiro. O alumínio não tem. Construímos porque é bonito, legal, e a gente jamais imaginou que ia acontecer o que aconteceu, um vento muito forte que realmente derrubou tudo”, detalha Xororó.
O próximo passo é traçar as ações que devem ser feitas no local. “Agora é olhar, analisar, ver o que tem que fazer e de que modo a gente vai reconstruir. Vamos tentar, mas nem sabemos como. A parte financeira, realmente, afeta todo mundo. Não é fácil. Com certeza, não vai ser reconstruído do mesmo jeito, porque infelizmente vimos que não é seguro. Lógico, eu achava que era, mas não”, pontua o empresário.
Quanto aos shows que estavam agendados, ainda não há nenhuma alternativa definida pela equipe da casa. “Temos dois eventos no fim de maio, que hoje vou ver o que fazer. Vou tentar, de alguma forma, talvez, levar para outra cidade, mas não sei ainda como fazer isso. Cedo já estava acordado analisando. Na Mailing, com certeza não vai ter como”, finaliza Xororó.
Defesa Civil levanta dados oficiais dos estragos
Rosinei da Silveira, coordenador regional da Defesa Civil, explica que o Extremo Sul (Amesc) foi o mais atingido. “Áreas desde Araranguá até Sombrio e Passo de Torres até São João do Sul tiveram vários destelhamentos e quedas de árvores. Aqui na Região Carbonífera (Amrec), foi um pouco menos. O registro órgãos municipais dão conta de atendimentos apenas em Siderópolis, Criciúma, Içara e Balneário Rincão”, informa.
Em todo o Sul, os estragos foram motivados pelo vendaval. “O principal dano foi causado pela chegada da frente fria, com problemas relacionados ao vento. Foram registros de quedas de árvores, galhos, de energia elétrica e serviço de telecomunicação, placas e também destelhamentos em residências e órgãos públicos”, pontua o coordenador regional da Defesa Civil.
Na Amesc, Sombrio, Balneário Gaivota e Arroio do Silva foram os municípios mais castigados. “A gente ainda não tem o relatório final das Defesas Civis Municipais, mas, por enquanto, os dados mostram que o estrago maior é esse na Mailing”, finaliza Da Silveira.