Menor cidade da região carbonífera, Treviso está há 12 anos sem registrar um único homicídio. Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado mostram que, ao lado de Ermo, no extremo sul catarinense, o município é o único do sul de Santa Catarina a atingir a marca - sendo, também, o único da Amrec a entrar para o quadro.
Com pouco mais de 3,5 mil habitantes, de acordo com o último censo do IBGE de 2010, Treviso se caracteriza por ser uma cidade mais pacata e tranquila do que a grande maioria das outras. A conquista de mais de uma década sem homicídios surge para mostrar um diferencial de segurança da cidade.
Apesar disso, o comandante da Polícia Militar do município, Murilo Gonçalves, destaca que ainda é preciso realizar um trabalho firme para a garantia da segurança dos cidadãos. “Embora seja um município pequeno, temos uma rodovia que ‘corta’ a cidade com destinos a serra catarinense. Isso torna o município visível aos olhares de quem passa pela rodovia. Como nossas estradas não são transitadas somente por pessoas do bem, logo ficamos expostos aqueles que infringem a lei”, destacou.
Apesar de tranquila, a cidade também não está livre de algumas determinadas ocorrências. “Temos um número ínfimo de ocorrências, mas tivemos e temos o desprazer de registrar ocorrências de furto, sobretudo assalto à mão armada, como ocorrências em meados de abril quando cinco masculinos planejavam um assalto ao posto de combustível do centro da cidade. Mas esses casos são isolados, de forma geral temos um município tranquilo e seguro”, declarou.
Moradora da comunidade de Rio Dória, em Treviso, desde 1984, Marilda Maccari afirma que a cidade era mais segura há alguns anos atrás, mas que, mesmo assim, segue sendo um município tranquilo. Umas das peças chaves para consolidação da segurança no município, segundo ela, é a rede de vizinhos.
“Já aconteceram vários assaltos, há pouco tempo foi um no Posto Treviso, posto de combustível. Nas comunidades também já houveram muitos roubos. Mas hoje, com a rede de vizinhos, estamos mais seguros. Temos em todas as comunidades, e a polícia está na rede também”, reforçou.