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Um surreal sábado pela manhã na praça Nereu

Com chuva ou sol, verão ou inverno, a praça sempre acolheu muita gente. Graças ao coronavírus, ela esvaziou

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 21/03/2020 - 10:25 Atualizado em 21/03/2020 - 10:30
No lado do quiosque, ponto onde sempre a praça lota aos sábados / Fotos: Denis Luciano / 4oito
No lado do quiosque, ponto onde sempre a praça lota aos sábados / Fotos: Denis Luciano / 4oito

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Ou era para fazer alguma compra, ou era para encontrar amigos, ou então para matar um tempo. Para políticos, obrigatório aquela passadinha para apertos de mão e tapinhas nas costas, afinal, quem é visto, é lembrado. Pois aquele ambiente sempre festivo da Praça Nereu Ramos aos sábados pela manhã mudou. E completamente. Graças à pandemia de coronavírus e seus desdobramentos - Criciúma já está com seis casos confirmados - o coração da cidade esvaziou.

A reportagem percorreu a praça pouco depois das 9h e o cenário era desolador do ponto de vista da memória, mas corretíssimo levando-se em conta o necessário recolher da população. Lojas fechadas. Todas elas. No shopping, portas cerradas. Nenhuma joalheira, sapataria, nenhuma loja de roupas com porta aberta. Nada. A não ser as farmácias, que também encontravam-se praticamente às moscas.

O taxista, já meio inquieto pela falta da clientela, improvisava uma caminhada a certa distância de seu veículo que, de portas abertas, garantia a higine necessária com o ar fresco soprando. Eis que, ao longe, uma senhora cortou a praça em uma rápida caminhava. As roupas características, leves, bem como os fones nos ouvidos para descontração, indicavam que ela havia apelado para o caminhar ao ar livre mesmo. Fora das recomendações de ficar em casa.

Pouco antes, a caminhada um tanto apressada de um idoso pela Marcos Rovaris, em direção à praça, indicava mais um a descumprir a determinação. 

Derivamos nosso passeio em direção à praça do Congresso, e nela encontramos a cena mais curiosa: fitas fazendo o cercamento do tradicional ponto de encontro. Ninguém na praça. Brinquedos desocupados, academia idem. Os passeios, livres para os pássaros. De relance, vimos de longe uns dois ou três caminhando, um com o cão a tiracolo, outro apressado com uma mochila.

Padaria que sempre está cheia nas manhãs de sábado na Engenheiro Boa Nova fechada. Lojas da Pedro Benedet fechadas. Só a farmácia aberta. Uma viatura da DTT cercando a praça do Congresso, algumas viaturas da PM rondando o Centro.

No total, a reportagem não encontrou mais que vinte pessoas nas ruas em um caminhada de 20 minutos. Mas havia. Desde mulher jovem passeando com cachorro até gente de idade tossindo, passando por trabalhador indo e vindo e caminhantes em geral.

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