A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Ponte Hercílio Luz ouviu na terça-feira (16) o proprietário da Vivenda Construções, de Criciúma, Sebastião Moraes Mattos, que não reconheceu uma assinatura atribuída a ele. A assinatura estava em um documento de 1990, referente a uma aditivo para obras. A atuação da empresa seguiu até janeiro de 1992.
"Acredito que eles foram bem sinceros, foram sem advogados e foi tranquilo. Eles fizeram uma manutenção de 304 mil na década de 90 e foram retirados pela Roca. Eles foram muito pressionados pelo Estado e com outros problemas financeiros acabaram desistindo e depois a manutenção coincidentemente voltou para a Roca”, comentou o deputado Jessé Lopes (PSL).
Quatro dias depois, um termo aditivo no valor de 15 milhões de cruzeiros foi assinado, algo não reconhecido pelo empresário. Ele chegou a mostrar a sua assinatura verdadeira, para provar a fraude. “Solicitamos nos cartórios para ver quais assinaturas ele tem registro. E realmente não bate com a dele. Temos que ver para onde foi esse dinheiro”, frisou Jessé.
A CPI segue por 120 dias, podendo ser prorrogada pelo mesmo período. Nem todos os documentos solicitados foram entregues, então um prazo de duas semanas foi dado, seguido de um pedido de busca e apreensão. Por outro lado, não tem reclamações quanto ao andamento. “Por enquanto não tenho nenhuma crítica a fazer quanto ao andamento dado pelo presidente e pelo vice-presidente”, disse.
Confira a entrevista na íntegra: