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Unesc completa 52 anos de existência

Instituição que nasceu pelas mãos de Ruy Hülse contou com as digitais de grandes professores em seu desenvolvimento

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 22/06/2020 - 10:08 Atualizado em 22/06/2020 - 10:25
Foto: divulgação
Foto: divulgação

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Há exatos 52 anos, em 22 de junho de 1968, nascia a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). Idealizada e colocada em prática pelo então prefeito de Criciúma, Ruy Hülse, a instituição nasceu sob o nome de Fundação Universitária de Criciúma (Fucri). Na época, ainda não era uma universidade propriamente dita, mas com o tempo foi tomando forma e se fixando como uma das instituições de educação mais importantes do sul de Santa Catarina.

O professor Laenio Ghisi foi um dos responsáveis pela transição que garantiu a autonomia da instituição, com sua desvinculação do município e a mudança de nome. Ainda nos primeiros anos da Fucri, os diretores eleitos eram pessoas que trabalhavam em empresas da região e conciliavam o papel empreendedor com idas semanais a instituição para realização de alguns despachos.

Laenio então foi atrás da transformação do que viria a se tornar a Unesc. "Larguei tudo de fora, mergulhei dentro da Unesc para transformá-la em universidade. Participei de diversos seminários e eventos buscando subsídios e caminhos para transformá-la em universidade", ressaltou o professor.

Uma carta consulta pedindo pela mudança entãou foi montada e enviada a Brasília. Algum tempo depois, foi mandada para ser analisada em Santa Catarina, pelo Conselho Estadual de Educação. Anos após, veio a confirmação da transição: a Fucri virou a Unesc, uma universidade comunitária. "Então temos uma Unesc pujante, forte, participante e responsável pelo desenvolvimento de toda a região", declarou.

Os professores Edson Rodrigues e Gildo Volpato também tiveram sua digital no processo de transformação e desenvolvimento da Unesc, como reitores. Gildo foi o primeiro aluno eleito reitor e está há basicamente 39 anos ligado diretamente com a instituição, indo de estudante à gestor. O professor ressalta as caracterísitcas que fazem da Unesc uma universidade da comunidade. 

"Ela é de direito privado porque a Prefeitura desde o início não tinha recurso para torná-la pública, então a comunidade assumiu seu orçamento. É diferente das entidades particulares, que possuem um dono que faz o que quer, aplica onde quiser. Todo recurso que arrecada para se fazer acontecer, é reinvestido na própria instituição e em projetos comunitários", pontuou.

Já Edson foi o primeiro reitor eleito pelo voto direto, e apesar de não ocupar mais o cargo, continua envolvido diretamente com a Unesc. Ele afirma que não teve o seu dever cumprido ainda enquanto gestor, apesar do bom trabalho, e que por isso continua trabalhando para o desenvolvimento da universidade. "A Unesc tem o tamanho dos sonhos de cada um que passou por lá, e como cada um que está lá tem seus sonhos muito grandes, ela ainda vai crescer muito, contribuir muito e alcançar muito mais pessoas", afirmou.

Apesar de sempre muito ligada às gratificações do passado que foram fundamentais para sua construção, a Unesc possui um caráter muito presente de visão para o futuro. Atualmente, o mundo enfrenta a pandemia do novo coronavírus, e a instituição, como universidade comunitária, segue trabalhando em busca de soluções rápidas e efetivas para a sociedade.

Um exemplo é o recente Observatório criado dentro do setor de Planejamento e Desenvolvimento da Unesc, coordenado pela pró-reitora Gisele Coelho. O projeto tem como objetivo dar subsídio à região, com informações qualificadas colhidas por uma equipe de pesquisadores dedicados que vão a fundo nos dados econômicos regionais em busca de soluções para os próximos anos.

"Sabemos que a região sul tem muitos recursos que precisam ser potencializados para poder caminhar para o futuro. Contribuir para informações regionais e econômicas sobre dados que voltem para o comércio exterior, para a geração de emprego, PIB, indicadores populacionais. Dados dessa magnitude que subsidiarão tanto os poderes públicos quanto o setor produtivo, a respeito de dar as principais bandeiras que possam ser sustentadas no futuro", afirmou.

Junto à isso, há também uma série de investimentos tecnológicos para a consolidação de pesquisas e ações da universidade referentes ao combate ao Covid-19. De acordo com a atual reitora, professora doutora Luciane Ceretta, já são 20 projetos do gênero. Se levar em consideração os trabalhos de saúde feitos pela universidade somente no ano passado, o contato gratuito com a comunidade ultrapassa os 200 mil.

"Oferecemos a comunidade 10138 consultas médicas em 2019, nas áreas de cardiologia, pediatria, dermatologia, exames de eletro - tudo. Uma gama de especialidades que temos aqui no serviço de medicina. Foram 227 mil atendimentos no geral", declarou a coordenadora das Clínicas Integradas da instituição, Mágada Tessmann. 

O aniversário de 52 anos da Unesc foi marcado pelas parabenizações de autoridades importantes da região e do estado. Do governador Carlos Moisés ao Prefeito Clésio Salvaro; do presidente da Alesc Júlio Garcia ao presidente da Amrec, do doutor João Quevedo ao presidente da Acic, Moacir Dagostin. 

"Embora tenhamos nos afastado das pessoas no contato físico, somos uma universidade no seu core presencial. Faz muita falta nossos estudantes, colaboradores, transitando em toda aquela estrutura incrível. Mas, ao mesmo tempo, nos reinventamos rapidamente, algo que foi restritivo tornou-se também algo democrático", declarou a reitora Luciane Ceretta.

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