No primeiro ano, o programa Universidade Gratuita, do Governo do Estado, deve beneficiar 40% dos estudantes de universidades comunitárias. A porcentagem tende a aumentar até 2026, passando de 30 mil para 75 mil estudantes contemplados. Nesse período, o projeto deve receber um investimento de R$ 1,2 bilhão. Para o secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, a ampliação gradual vai permitir um equilíbrio com as contas públicas e, assim, cumprir o que foi prometido. O assunto foi pauta no Plenário da Rádio Som Maior, nesta sexta-feira (5).
Ouça a entrevista na íntegra:
"No primeiro trimestre, nós tivemos uma queda de 2.3% real na receita. Naturalmente, as despesas permanecem e isso traz um desequilíbrio entre despesas e receitas para o fim do ano. De forma muito responsável e com muito cuidado, nós estabelecemos o programa de forma que fosse sendo escalonado ao longo dos próximos anos. O nosso plano de ajuste fiscal - que trabalha despesas e receitas do estado - pudesse ser incorporado nas contas públicas de tal sorte que nós tenhamos total tranquilidade na condução das contas e não só nesse projeto, mas como em outros do governador", salientou o secretário.
O número de beneficiados pela Universidade Gratuita deve começar a ser ampliado a partir de 2024. Na visão de Siewert, até lá, o estado deve estar em uma condição econômica melhor. Nesse contexto, a implementação da cobrança monofásica do ICMS dos combustíveis, por exemplo, deve trazer R$ 85 milhões a mais por mês de arrecadação no estado. "Jamais vamos prometer o que não dá pra fazer", garantiu. "Administrar o mundo público é fazer escolhas. O governo está fazendo uma escolha pela educação", reforça.