Alguns desencontros de informações e um brusco pedido de licença recomendado pelo prefeito Clésio Salvaro e pela presidência municipal do PSDB afastaram o vereador Allison Pires (PSDB) da Câmara de Criciúma há cerca de dois meses.
Embora a tentativa de dar ares de normalidade ao episódio da licença, a abstenção do vereador em uma pauta de interesse do Executivo teria acelerado o pedido. "Não votei contra o Governo", disse, ao tentar justificar a abstenção em um projeto que propunha a isenção da cobrança de Cosip para condomínios. A prefeitura contabilizava votos contrários, e contava com o de Allison na ocasião.
Consumada a licença, o suplente Edson Aurélio (PSDB) ganhou a oportunidade de retornar ao Legislativo. Agora, o afastamento a pedido de Marcos Meller (PSDB) para compromissos profissionais e pessoais permitiu o retorno de Allison Pires. Ele retomou o mandato na sessão desta segunda-feira, recebendo diversas referências positivas de seus colegas no plenário.
Na tribuna, saúde
O vereador voltou tratando de um tema da sua alçada, a saúde pública, já que ele é médico. Ele comentou as declarações do vereador Tita Beloli (MDB) que criticou os repasses aquém do necessário que o Estado está fazendo para o Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC), bem como as metas apontadas em contrato.
"Não devem haver metas com indicadores de doenças, temos hoje um Ministério da Doença, e não da Saúde. Dispensamos valores para tratar de doenças e não para promover a saúde, já que 80 a 90% dos atendimentos são preveníveis. Estamos na contramão do que deve ser feito, por isso a saúde pública e atenção primária devem ser as meninas dos olhos de qualquer governo. Temos que mudar e muito a visão da saúde pública", arrematou.