O comentário do Coronel Cabral dessa terça-feira, 20, na Rádio Som Maior, chamou a atenção para um assunto delicado, amplamente debatido, mas longe de ter um consenso: a pena de morte.
Cabral relata que certo dia foi perguntado novamente sobre qual era a posição dele quanto a pena de morte. Antes de responder ele expôs alguns erros do judiciário que poderiam acabar de forma mais rápida com a vida de uma pessoa.
Em um dos relatos o personagem real é o pernambucano Marcos Mariano da Silva preso em 1976 simplesmente por ter o mesmo nome do autor do crime de homicídio. Seis anos depois o verdadeiro culpado apareceu e marcos foi posto em liberdade. Três anos se passaram e Marcos foi parado em uma blitz. Ele foi preso novamente por que em seu nome ainda constava o caso de homicídio.
O juiz não analisou corretamente como deveria e Marcos voltou para a cadeia. Durante os treze anos que ficou detido ele pegou tuberculose e ficou cego. Não bastasse acabou sendo abandonado pela mulher e pelos filhos. A liberdade só veio durante um mutirão judiciário quando perceberam que Marcos estava preso sem se quer ter sido condenado. Em 2011, aos 63 anos, tuberculoso e cego faleceu poucas horas depois de a justiça pernambucana ter concedido uma indenização por danos morais e materiais.
Coronel Cabral conta mais dois casos impactantes de erros do judiciário. E mostra que a questão não é a pena de morte e sim a segurança para saber se o crime realmente foi cometido pelo acusado.