Volta às aulas sob controle na região, garante o Estado

A semana é marcada pela volta às aulas na rede estadual de ensino. Na região carbonífera, são 28,9 mil alunos e 2 mil professores em 56 escolas. "Tudo presencial agora. Em 2021 ainda havia três modelos, o híbrido, o remoto e o presencial. E temos a segurança sanitária garantida", enfatizou a coordenadora regional de Educação, Ronisi Guimarães, que participou do programa Conexão Sul nesta quinta-feira (10) na Rádio Som Maior. "Os primeiros dias são de muitos ajustes, transporte escolar, alimentação, merenda. Conversamos com os gestores, é uma semana que trabalhamos com os alunos e ensinamos esse novo conviver na escola", destacou.

A rede estadual deixou de operar uma escola na região. A Rubens de Arruda Ramos, no Bairro Nossa Senhora da Salete, em Criciúma, foi repassada à gestão da rede municipal. "Temos o plano de oferta educacional, uma parceria entre o Estado, as prefeituras e as secretarias municipais. Não há fechamento de escola, a Rubens de Arruda Ramos continuará, está em reforma, continuará com o mesmo nome mas atendendo um segmento que o entorno apresentava essa demanda, pelo municípío", observou. "Esse plano de oferta analisa essa demanda e observou-se desde 2020 que a escola tinha um número muito pequeno de alunos do Ensino Médio e temos a Heriberto Hülse praticamente ao lado, comportando outros alunos, em torno de 300 com a capacidade de quase o dobro e no Rubens uns 100 alunos de Médio. Migramos os alunos", completou.

A lotação das salas

Um dos cuidados é com o respeito ao número máximo de alunos por sala de aula nas escolas estaduais. "As salas de 48m² temos um número máximo que podemos atender. Em uma classe de alfabetização, 25 alunos, chegando a no máximo 35 alunos. Queremos tranquilizar os pais. Mesmo sem a obrigatoriedade do distanciamento, nós temos alguns protocolos dentro das salas de aula", afirmou Ronisi. 

Uma das providências tomadas foi a identificação da carteira por aluno. Ele usa sempre a mesma, e tem seu nome marcado. "Na carteira tem o nome do aluno. Tem a higienização das carteiras, a orientação para os professores, evitando trabalhos em grupo, em dupla", explicou. "Na hora da merenda, usando máscara o tempo todo, o álcool gel, a higiene das mãos", sublinhou.

Todo dia, as escolas estão remetendo ao Estado informações sobre possíveis novos casos, positivados e providências tomadas em relação à Covid-19. "Diariamente, ao encerrar o turno, a gestão escolar tem o compromisso de preencher uma tabela que vai direto para a Secretaria de Educação, e no fim da noite eu recebo o boletim da regional, quantos alunos tiveram contato com alguém positivado, quantos temos positivados entre alunos e professores", detalhou. "É um acompanhamento sério, o secretário Acélio (Casagrande, de Saúde de Criciúma) pediu esses dados. A segurança sanitária é um pilar tão importante quanto o pilar pedagógico", afirmou. "De segunda para ontem nós tivemos pequenas alterações, um caso a mais entre alunos e dois entre professores, em universo de 29 mil alunos e 2 mil professores", constatou a professora.

Climatizando as salas

Das 56 escolas, de 25 a 30 estão passando por instalação de equipamentos de climatização. "Mas é um processo. Precisamos primeiro adaptar o prédio, a rede elétrica, para depois instalar os equipamentos", informou Ronisi. "São no mínimo 30 mil BTUs por sala de aula. Em período breve esperamos climatizar todas", completou.

Novo Ensino Médio

Uma das novidades do ano letivo é a implantação do Novo Ensino Médio. "Já falamos de novo Ensino Médio desde 2017, havia cinco anos para organizar e aplicar em 2022. Temos um aumento de 800 horas/ano para 1 mil horas/ano, mais tempo na escola. Além das disciplinas do cotidiano nós temos os componentes curriculares. O Ensino Médio precisava ter um trabalho que preparasse o jovem para o mundo do trabalho", explicou.

Uma das ideias é oferecer aos alunos condições de buscar alternativas profissionais futuras. "Oferecer condições de boas escolhas. Um dos componentes obrigatórios é o Projeto de Vida, aprender a conviver, a pensar sobre possibilidades. Temos a segunda língua obrigatória, algumas escolas optaram pelo espanhol, italiano, alemão", relatou. "E temos um cardápio de 25 eletivas entre empreendedorismo, educação financeira, cultura digital, educação tecnológica, esportes, artes, é um trabalho que, enquanto educadora, fico muito feliz de ver esse início", emendou.